Imprensa

Tensão político-militar deixa nove mil sem aulas na Zambézia

25/01/2016 11:30
Tensão político-militar deixa nove mil sem aulas na Zambézia

Esta situação, segundo Mahomed Ibrahimo, porta-voz da Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano, poderá igualmente comprometer a distribuição do livro da Caixa Escolar para os alunos e manuais para os professores.

Segundo escreve o “Notícias”, falando em conferência de imprensa na cidade de Quelimane, Ibrahimo disse que as aulas só poderão ser retomadas quando a segurança for restabelecida, porque nas actuais condições nem os alunos nem os professores e muito menos os pais e encarregados de educação podem permanecer em Sabe.
Recordou que os nove mil alunos perderam no ano passado as aulas e exames escolares devido ao recrudescimento da insegurança, facto que os levou a se refugiarem para outros pontos do distrito de Morrumbala.
A tensão político-militar, que vem se arrastando desde os meados do ano passado na localidade de Sabe, afecta também 170 professores, que estão impedidos de trabalhar e obrigados a se deslocarem para locais seguros com as suas famílias, ou na sede distrital, ou noutros distritos mais próximos.
No final do ano passado mais de 1200 alunos da 7ª classe não fizeram exames escolares porque não havia clima para o efeito e as estruturas da Educação e Desenvolvimento Humano equacionavam na altura a realização de um exame escolar extraordinário, facto que não veio a acontecer porque as confrontações militares nunca abrandaram.
A localidade de Sabe, em Morrumbala, e o povoado de Murtone, no distrito de Mocuba, são duas regiões com forte presença de homens armados da Renamo que em muitos casos perturbam o curso normal de vida, nomeadamente impedindo a população de trabalhar a terra para cultivar alimentos para suprir as suas necessidades alimentares bem como o funcionamento das instituições públicas e privadas.
Entretanto, o ministro do Interior que visitou, há dias a província da Zambézia, afirmou categoricamente que as Forças de Defesa e Segurança não irão tolerar a perturbação da ordem e insegurança das populações.
Basílio Monteiro trabalhou igualmente na região de Sabe para se inteirar do ambiente vivido naquela região atravessada pela Estrada Nacional Número Um (EN1) e a segurança da po