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Surto de febre aftosa ainda está sob controlo

15/06/2016 11:34
Surto de febre aftosa ainda está sob controlo

Tudo depende dos resultados do trabalho de sero-vigilância, que deve indicar se ainda há ou não resíduos do vírus a circular, facto que de alguma medida é propiciado pela circulação dos animais.

Neste momento pensamos que em mais um ou dois meses vamos declarar este surto extinto, mas as acções de controlo deverão continuar”, disse ao “Notícias” Zacarias Massicame, porta-voz da I Reunião Técnica dos Serviços de Veterinária, que decorre em Maputo.
No seguimento da Reunião Técnica da Direcção Nacional de Veterinária, que decorre desde segunda-feira, os técnicos provenientes de vários pontos do país vão se debruçar esta quarta-feira sobre a prevenção e controlo da febre aftosa em Moçambique.
Massicame explica que esta é uma doença transfronteiriça que afecta vários países, cujo controlo deve ser integrado.
“Os países vizinhos também fazem o seu controlo. Na região da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) existe um conjunto de países que tem zonas livres, como a África do Sul, Suazilândia e Botswana. Nós somos parte da SADC e temos que fazer um esforço conjugado de controlo”, indicou.
Sendo uma doença que pode passar dum país para o outro e tem impacto no comércio internacional, é de declaração obrigatória ao nível de todo o mundo, sendo por isso que Moçambique tem a missão de reduzir a incidência desta doença em todo o território.
Segundo a fonte do “Notícias, existe uma área, na zona sul do país, com maior incidência de ocorrência de febre aftosa nos últimos cinco/seis anos.”
“Tivemos o surto em 2010/2011 e recentemente em 2014 tivemos outro na Moamba. Este distrito já não sofria um surto há mais de 30 anos, mas por causa da movimentação de animais bravios, búfalos principalmente, foi-se propagando para Magude e Massingir”, indicou.
Durante o último surto, que ainda não foi declarado extinto, 2500 animais contraíram lesões e desenvolveram os sinais associados à doença nos distritos de Magude, Moamba, em Maputo, e Massingir, em Gaza.
O esforço, segundo a fonte, é conseguir minimizar o contacto entre a fauna e animais domésticos, para prevenir o alastramento da doença, que em situações de seca encontra terreno fértil porque os animais partilham pequenas poças de água, onde a transmissão de doenças é mais fácil.
(AIM)