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Silenciar armas até 2020 só com vontade política

04/07/2017 07:42
Silenciar armas até 2020 só com vontade política

O Primeiro-Ministro de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, diz que o objectivo de silenciar as armas, até 2020, preconizado pela União Africana (UA), só poderá ser alcançado com vontade política e determinação dos países membros, aliadas a implementação de medidas estruturantes.

Falando hoje, em Adis Abeba, durante o debate do Relatório do Conselho de Paz e Segurança sobre o Roteiro de Lusaka 2016 para Silenciar o Troar das Armas em África, no âmbito da cimeira ordinária dos chefes de Estado e Governos do continente, Carlos Agostinho do Rosário sublinhou que o alcance da meta permitirá que a África implemente, sem sobressaltos, a sua integração económica, social e cultural. 
A prevalência de instabilidades político-militares e de conflitos em alguns países africanos constitui, segundo o Primeiro-Ministro, o principal obstáculo para a materialização de iniciativas de desenvolvimento do continente.
‘Este Roteiro é um importante instrumento orientador para as nossas acções tendentes ao alcance da meta histórica de termos uma África livre do barrulho das armas’, disse Agostinho do Rosário. 
O Roteiro indica as modalidades de implementação de cada acção, a responsabilização, os prazos e as fontes de financiamento para a materialização da ambiciosa meta.
O Primeiro-Ministro referiu, na ocasião, que Moçambique está a registar progressos para o alcance da paz efectiva, através do diálogo, sinais de recuperação da economia, bem como confiança dos investidores e parceiros de cooperação.
Disse que a recuperação económica em Moçambique resulta da implementação de medidas combinadas de incentivo à produção, fiscais, monetárias, e de reforço dos mecanismos de transparência na gestão da coisa pública, o que contribui na melhoria gradual das condições de vida da população. 
Na abertura do debate do relatório, o Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, disse que a questão da Paz e Segurança em África continua preocupante, citando casos do Sudão do Sul, Somália, Líbia, República Democrática do Congo, Burundi, Guiné Bissau, entre outros.
Mahamat apontou a prevenção de conflitos como prioridade, através da adopção de mecanismos regionais e intensificação da cooperação com outros órgãos afins.
O Presidente da Comissão da UA informou que nos últimos tempos a organização está a liderar uma frente diplomática com o objectivo de garantir a pacificação efectiva a escala continental.
Segundo Mahamat, a UA organizou, neste âmbito, um encontro com as Nações Unidas que culminou com a assinatura de um quadro de cooperação em matérias de paz e segurança.
(AIM)