Realizadas 82 mil novas ligações de Energia Electrica

Este feito, segundo a Ministra dos Recursos Minerais e Energia, Letícia Klemens, foi alcançado num ano em que a produção energia registou uma redução em oito por cento facto que se deve ao défice hidrológico que se faz sentir com particular incidência na bacia do rio Zambeze.
A ministra falava no encerramento do III Conselho Coordenador do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) que, durante três dias, passou em revista as actividades realizadas no âmbito do cumprimento do Programa Quinquenal do Governo 2015-2019 e do Plano Económico e Social de 2017.
Apesar da conjuntura económica desfavorável dos mercados internacionais das matérias-primas, o desempenho do nosso sector foi positivo em termos de execução do Plano, disse Klemens adiantando que na área mineira, foi registado um crescimento global na produção em 40,7 por cento.
Na área mineira, a governante destacou a necessidade de se aprimorar os métodos de trabalho, através do uso das modernas tecnologias de informação, para melhorar os níveis de desempenho no licenciamento e garantir que a transparência, a boa governação e fluidez no processamento estejam sempre presentes.
Em relação à mineração artesanal e de pequena escala, segundo Klamens, é imperiosa a necessidade de se trabalhar de forma célere no apoio a formação de cooperativas, devendo as Direcções Provinciais desempenhar um papel preponderante na formalização das mesmas.
Na área de hidrocarbonetos foi registado um crescimento de 51,3 por cento para o gás natural e 34,5 por cento para o condensado, em relação ao igual período de 2016
No domínio de energias renováveis, notamos com satisfação, que, num futuro breve, Moçambique passará a contar com energia de centrais solares na sua matriz energética. Com efeito, a conclusão e entrada em funcionamento da central solar de Mocuba, prevista para 2018, resultará na injecção de 40 Megawatts na Rede Eléctrica Nacional, disse.
Neste contexto, Klemens defendeu que todas as acções identificadas como indispensáveis para a integração de energias renováveis sejam implementadas, para garantir que a Rede Eléctrica Nacional esteja habilitada para absorver a energia eléctrica das novas fontes.
Na ocasião, a ministra referiu-se a necessidade de se aprofundarem estudos que permitam aferir os mecanismos de integração das Energias Novas e Renováveis na rede Eléctrica Nacional, bem como a necessidade de promoção de produtores independentes de energia e parecerias Público-Privadas,
Devemos igualmente garantir a criação de capital humano para a eficaz prossecução dos objectivos do desenvolvimento das energias renováveis, aprimorar a interação e participação em processos de negociação de tarifas de modo a tornar o sector sustentável, recomendou.
Com visa a garantir o aumento do acesso à energia, segundo Klemens, o Governo vai prosseguir com a reflexão sobre o quadro institucional adequado, incluindo o papel do Fundo Nacional de Energia (FUNAE) na eletrificação, tendo em vista o objectivo de alcançar o acesso universal até 2030.
A Ministra apontou a necessidade do aprimoramento dos mecanismos de controlo e combate à venda ilegal de combustível, apontando como prioridade o desenvolvimento de acções urgentes visando a actualização e adequação do quadro legal, capacitação dos quadros e privilegiar uma actuação coordenada com outros sectores, para prevenir e minimizar este fenómeno.