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Presidente Nyusi anuncia fábrica de cimento para niassa

08/09/2017 09:44
Presidente Nyusi anuncia fábrica de cimento para niassa

As obras de construção de uma fábrica de cimento na província do Niassa arrancam ainda este ano, como parte das acções do executivo para tirar esta parcela do Norte de Moçambique do aparente “esquecimento”.

A futura fábrica vai extrair grande parte da matéria-prima na própria província como é caso do calcário, argila, entre outros produtos de fabrico, segundo a garantia dada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, que discursava hoje em Lichinga, capital provincial, em um comício, por ocasião das cerimónias centrais do 07 de Setembro, Dia da Assinatura dos Acordos de Lusaka. 

Quando estiver na fase de produção, pelo menos 500 trabalhadores locais serão empregues pela futura fábrica.
“Não nos sentiremos conformados enquanto o sonho de industrializar e desenvolver Niassa não for concretizado”, disse Nyusi, perante milhares de pessoas, com destaque para cerca de 4.300 combatentes que participaram na marcha alusiva a efeméride que coincidiu com o IV festival nacional da agremiação decorrido sob o lema “Combatentes pela Paz e Desenvolvimento do País”.
Segundo o presidente, o atraso a que Niassa foi submetido, em parte pela sua participação activa na luta pela libertação nacional, tem de ser, por nós, ultrapassado.
Não obstante as vicissitudes de toda a índole, foi reinaugurada a linha férrea que liga Niassa com o resto do país e do mundo e “prometemos concluir a construção da estrada Cuamba – Lichinga, cujas obras estão já em curso, e retomada construção da estrada que vai até Montepuez (Cabo de Delgado) ”. 
“O nosso sonho tem sido constantemente interrompido por ainda nos sentirmos incapazes de trazer o melhor para Niassa. Mas queremos mais sinais que apontem para a industrialização da província”, disse o presidente. 
O presidente considerou a população do Niassa um exemplo de coragem que transformou a frente provincial “num baluarte da nossa luta pela independência, apoiando de forma incondicional os guerrilheiros da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) ”.
Foi a Frelimo, na qualidade de movimento libertador e representante do povo moçambicano, que assinou, com o governo colonial português, os Acordos de Lusaka, na Zâmbia, a 07 de Setembro de 1974, pondo fim a mais de 500 anos de dominação estrangeira, o que abriu caminho para a proclamação da independência nacional, a 25 de Junho de 1975. 
“A população do Niassa entregou-se a causa e transformou as aparentes desvantagens físico-geográficas em verdadeira alavanca de expansão da luta pela independência. Ao celebrarmos a data em Lichinga pretendemos deixar o nosso apreço a população desta parcela do país pelo papel desempenhado para tornar possível a vitoria que hoje é comemorada de forma jubilosa”, sublinhou o presidente.
De acordo com Nyusi, a assinatura dos acordos de Lusaka não foi um acto de caridade mas sim uma vitória arrancada com derramamento de sangue de homens e mulheres que, cumprindo o seu juramento, lutaram de diversificadas formas para libertar Moçambique.
(AIM)