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Portagens na circular de Maputo operacionais no início do próximo ano

12/09/2017 15:39
Portagens na circular de Maputo operacionais no início do próximo ano

As primeiras duas portagens da Estrada Circular de Maputo deverão estar operacionais no primeiro trimestre de 2018.

Inicialmente, a Maputo Sul, empresa gestora da Estrada Circular, projectava implementar o sistema de portagens até ao final deste ano, no entanto, problemas de mobilização de financiamentos ditaram o atraso das obras.

O Presidente do Conselho de Administração da Maputo Sul, Silva Magaia, segundo a edição de hoje do “Notícias”, não se refere aos montantes, contudo, garante que o Governo já aprovou o financiamento para a construção das duas portagens.
Ele precisa que a primeira portagem irá cobrir o percurso Baixa-Chiango, enquanto a segunda, ficará no troço Zimpeto-Marracuene.
Magaia manifesta preocupação pelo facto de não haver ainda a rentabilização da estrada tendo em conta o desgaste que a infra-estrutura está sujeita.
“Temos a consciência de que a manutenção da estrada tem um custo e que, num período de 10 anos, no mínimo, não teremos problemas na infra-estrutura. Mas também temos que estar preparados para que quando a manutenção for necessária existam condições para o efeito”, refere Magaia.
No total, foram definidas para a Circular de Maputo, cinco portagens cujo objectivo é gerar receitas que garantam a manutenção do padrão da estrada, oferecer segurança rodoviária na via pública e contribuir para a redução do financiamento directo do Governo nas despesas de manutenção de estradas.
Silva Magaia considera urgente o estabelecimento de negócios formais ao longo de todo o traçado que compõe a Estrada Circular de Maputo, a Ponte Maputo Ka Tembe e a estrada para Ponta Do Ouro.
A fonte alerta que nas condições actuais existe o risco de as pessoas que já foram reassentadas voltarem a ocupar, de forma desordenada, os pontos de onde foram transferidas, mesmo depois de terem sido devidamente compensadas.
Actualmente, já começam a surgir ao longo da estrada circular alguns projectos de bombas de combustíveis, mas para Magaia é necessário aproveitar as inúmeras oportunidades existentes para a instalação de infra-estruturas como bancos, lojas e outro tipo de negócios de natureza formal.
Lamenta ainda o facto de alguns agentes económicos do sector informal estarem a ocupar espaços e, consequentemente, reduzir o nível de segurança ao longo da via, sobretudo nas zonas de Albasine e Zimpeto.
(AIM)