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Persistem desafios no subsector de açucar

25/07/2017 07:44
Persistem desafios no subsector de açucar

O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, afirma que apesar de Moçambique ser auto-suficiente na produção do açúcar bruto, há necessidade de aumentar os níveis de produção do açúcar refinado de modo a atingir a auto-suficiência.

Assegurar a fortificação do açúcar refinado para contribuir no combate a desnutrição crónica; e prosseguir com o investimento na promoção de outras cadeias de valor para as áreas de energia, produção animal, etanol, bioplásticos, entre outras, engrossam os desafios mencionados pelo Primeiro-Ministro.
“Para fazer face a estes desafios, o subsector de açúcar é chamado a apostar no aumento da produtividade, redução de custos de produção e melhoria constante da qualidade”, disse Carlos do Rosário, discursando hoje, em Maputo, durante o jantar de gala inserido no lançamento da primeira pedra para a construção da refinaria de açúcar branco na fábrica de Xinavane, num investimento de cerca de 2,5 mil milhões de meticais (cerca de 41 milhões de dólares) realizado “Tongaat Hulett”.
Na ocasião, o governante encorajou o sector privado a participar activamente na industrialização do pais, tendo em vista estimular a transferência de tecnologia, promover a adição de valor aos recursos naturais e reduzir “a nossa dependência em relação as importações, tornando a economia diversificada e mais resiliente `a choques adversos”.
Sublinhou que uma das apostas do governo é criar continuamente condições para que ocorra uma forte ligação entre a agricultura e a indústria, por forma a assegurar que “os nossos recursos naturais sejam processados a nível nacional”.
“Ė neste contexto que apelamos aos investidores a priorizarem a transformação dos recursos naturais no país, com vista a gerar efeitos multiplicadores na economia, em termos de mais emprego e geração de renda, melhorando desse modo as condições de vida da nossa população”, afirmou.
O Primeiro-Ministro disse ainda que a construção do módulo de refinação de açúcar em Xinavane prova que Moçambique continua a ser um destino atractivo e seguro de investimento. “Este é mais um sinal de que os parceiros e investidores continuam a depositar confiança no nosso país”.
Acrescentou que “este é mais um exemplo de investimento que responde ao desafio da diversificação da nossa economia e que complementa os empreendimentos de grande dimensão de exploração de recursos naturais”.
Apelou aos investidores do subsector açucareiro a continuarem a desenvolver acções de assistência técnica e transferência de tecnologia aos agricultores, não só para a produção de cana-de-açúcar, mas também para aumentar a produção e produtividade de culturas alimentares, com vista a garantir a segurança alimentar e nutricional, entre outras finalidades.
Moçambique produz actualmente cerca de 400 mil toneladas de açúcar bruto por ano. 
A entrada em funcionamento da nova unidade de refinação de açúcar branco esta prevista para finais de 2018, altura que se espera seja fortalecida a ligação entre a industria açucareira e outros sectores da economia nacional, com particular realce para a indústria alimentar e bebidas.
(AIM)