Pedro Couto novo PCA da Hidroeléctrica de Cahora Bassa

Um breve comunicado de imprensa enviado à Redacção da AIM refere apenas que o Presidente da República “exonerou através de Despacho Presidencial Pedro Conceição Couto do cargo de ministro dos recursos minerais e energia”. 
A semelhança dos despachos anteriores, não foram indicadas as razões que levaram o estadista moçambicano a tomar essa decisão. 
Couto substitui Paulo Muxanga que ocupava o cargo de PCA da HCB desde o ano de 2007, logo após a reversão da barragem de Cabora Bassa para o Estado moçambicano.
Antes da reversão o Estado português detinha 82 por cento das acções da HCB, sendo os restantes do Estado moçambicano.
Todavia, quando Portugal cedeu a maioria das suas acções a Moçambique em 2007, houve uma inversão de posições, passando o Estado moçambicano a deter 85 por cento das acções contra 15 do Estado português. 
No novo Conselho de Administração, formado na altura, Muxanga tornou-se no primeiro moçambicano a ocupar o cargo de PCA do maior empreendimento hidroeléctrico do país.
A aquisição das acções do Estado português foi financiada através de um empréstimo de 700 milhões de dólares concedido pelos bancos CA Lyon da França e BPI (Banco Português de Investimentos), para ser amortizado com os lucros da HCB.
Em 2015, Muxanga anunciou à imprensa que a HCB já havia amortizado 72 por cento do empréstimo, e que as projecções indicavam que a dívida seria saldada antes de expirar o prazo de Dezembro de 2017. 
Por isso, Couto herda um empreendimento economicamente saudável. O maior desafio que vai enfrentar será a construção de uma segunda hidroeléctrica (central norte) na HCB. A actual central sul tem uma capacidade instalada para a produção de 2.075 megawatts. A construção de uma segunda central na margem norte poderá produzir uma quantidade adicional de 1.250 megawatts.
Até agora ainda não há nenhuma indicação do substituto de Couto no Ministério dos Recursos Minerais e Energia.
(AIM)