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Parque Nacional do Limpopo ensaia uso de drones

31/05/2016 10:38
Parque Nacional do Limpopo ensaia uso de drones

Segundo revelou o administrador do PNL, António Abacar, em entrevista ao mediaFAX, a introdução de drones no parque ainda é um processo que está a ser analisado ao mais alto nível.

Achamos que o sistema de drones iria ajudar no acompanhamento de todos os movimentos no interior do parque, mas conforme disse, o assunto ainda está a ser analisado. Ainda não é um dado final, está a ser analisado ao mais alto nível”, explicou Abacar.
Mas porque a acção dos furtivos não pára e os mesmos (furtivos) mostram-se cada vez mais modernizados nas suas ofensivas, Abacar anunciou que a 24 de Maio corrente, o parque recebeu dois barcos para a fiscalização daquela área de conservação, para além de, no ano passado, ter-se disponibilizado uma avioneta com objectivo, também, de controlar o parque. 
A fonte falou, igualmente, da implementação do uso de caninos junto aos postos de entrada do Parque Nacional de Limpopo.
Dados por ele disponibilizados apontam que a população de elefantes, naquele parque, era de cerca de 1.100 animais, em 2010. Da contagem aérea realizada no ano de 2014, foram contabilizados cerca de 1030 elefantes, o que significa uma diminuição de 70 elefantes em resultado da caça furtiva. Relativamente aos rinocerontes, Abacar anunciou que da contagem feita em 2014 apenas foram visualizados dois rinocerontes. “Este ano vamos realizar uma outra contagem dos animais, com destaque para o elefante e o rinoceronte para ver a realidade actual”, disse.
Num outro desenvolvimento, o administrador daquela área de conservação, um dos maiores do país, manifestou a sua insatisfação com algumas comunidades residentes no parque que aceitam ser usadas como hospedeiras dos furtivos. Regra geral ajudam os furtivos a guardar as armas usadas para a caça.
E porque o problema da caça furtiva é mesmo grave no país, recentemente, o governo reunido em sessão de Conselho de Ministros, aprovou o decreto que aprova o regulamento sobre o comércio internacional de espécies de fauna e flora silvestre ameaçadas de extinção, com destaque para o rinoceronte e elefante.
Trata-se de um instrumento que estabelece normas relativas à protecção e comércio das referidas espécies, no âmbito da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora ameaçadas de extinção (CITES), e aplica-se a pessoas singulares e colectivas, nacionais e estrangeiras, bem como aos cidadãos de países não parte da Convenção, envolvidas no comércio
internacional de espécies ameaçadas de extinção.