PR satisfeito com produção agrícola em Nampula

Dados apresentados pelo governo provincial ao Chefe de Estado indicam que já foram colhidas 7.854.341 toneladas de culturas diversas da primeira época, sendo 7.752.751 toneladas de culturas alimentares e 101.590 de rendimento. O governo estabeleceu a meta de 8.125.000 toneladas para toda a campanha. 
Na campanha anterior, a produção agrícola atingiu 7.065.297 toneladas, uma realização de cerca de 90 por cento comparativamente a meta de 7.824.392 toneladas.
Estes dados, conjugados com aquilo que testemunhou no terreno durante a sua visita à Nampula, levaram o Chefe de Estado a manifestar o seu apreço com o desempenho económico da província, particularmente no que concerne a produção de alimentos. 
“A informação agradável que notamos é o facto de, pelo menos, no período em que estamos a viver até a próxima época chuvosa, a província de Nampula não vai ter problemas de fome”, disse Nyusi em conferência de imprensa havida na vila-sede do distrito de Mecuburi, que marcou o término da sua visita a Nampula iniciada na segunda-feira.
“Nampula tem comida para a população. Ouvimos isso em todas reuniões e em todas as feiras nos locais que nós passamos”, acrescentou.
Nyusi citou como testemunho o facto de ter recebido quantidades consideráveis de cereais durante a visita para oferecer às pessoas destituídas. 
“Isto é uma contribuição da província. Está claro que há zonas que não têm comida e vamos fazer chegar”, afirmou.
A piscicultura é outra actividade que mereceu uma atenção particular do Chefe de Estado. O distrito de Angoche é um exemplo concreto, onde regista-se um crescimento assinalável da actividade.
Isso acontece, segundo Nyusi, mesmo sabendo-se que este distrito “até podia dar-se ao luxo de não produzir peixe, porque tem mar, tem bom camarão, lagosta, caranguejo”.
“A nossa expectativa está superada, os resultados vão mesmo na dimensão da grande província de Nampula”, afirmou Nyusi.
Apesar destes desenvolvimentos positivos, regista-se uma queda na colecta das receitas ao longo do primeiro trimestre, que as autoridades locais atribuem a crise económica actual, enxurradas que afectaram algumas regiões da província, entre outros. 
“Apreciamos as receitas que foram cobradas pelo governo provincial. Se quisermos comparar com o ano passado, estas subiram 17 por cento, mas no primeiro trimestre deste ano decresceram. Isto encontra fundamentação e, mesmo assim, louvamos o esforço porque teria sido pior, se fizermos um cálculo matemático sobre o rácio da inflação ou mesmo dos riscos que sofreram aqui na província”, disse.
Fazendo uma apreciação global, o estadista moçambicano elogiou a boa organização que marcou a visita a Nampula, onde durante três dias visitou cinco distritos, nomeadamente Liúpo, Monapo, Muecate, Nacarôa e Mecuburi.
“A viagem foi produtiva. Foi de sucessos”, afirmou o Chefe de Estado moçambicano.