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PR condena assassinato do edil de Nampula

06/10/2017 09:53
PR condena assassinato do edil de Nampula

O Presidente da República, Filipe Nyusi, condena o assassinato de Muhamudo Amurane, edil da cidade de Nampula, na província com o mesmo nome ocorrido na noite de quarta-feira.

Muhamudo foi alvejado mortalmente com três tiros na sua residência, tendo morrido quando a caminho do hospital. 

O estadista moçambicano afirma que se trata de um acto hediondo e vigorosamente condenável em todos os sentidos, independentemente das suas motivações, sobretudo por ocorrer no dia em que o país exaltava a paz, reconciliação e concórdia no seio da família moçambicana. 
“É um crime vil que contraria os esforços e o apelo que fazemos a todos os nossos compatriotas no sentido de cada um fazer a sua parte para preservar esta paz que constitui o património sagrado de todos os moçambicanos”, lê-se na mensagem do Presidente da República.
“Enquanto lamentámos e condenamos, veementemente, este episódio brutal e irracional, exortamos às nossas forças da lei e ordem para tudo fazer com vista a que se esclareça o mais rápido possível, a situação em que ocorreu o crime para que os seus prevaricadores sejam identificados, neutralizados, levados à barra da justiça e, exemplarmente, punidos”, acrescenta o documento. 
Por isso, o estadista moçambicano apela a todos os moçambicanos para que mantenham serenidade e colaboração, quando necessário, com os organismos de investigação competentes. 
Nyusi conclui a sua mensagem afirmando que “Neste momento de consternação, em nome do Governo, do Povo Moçambicano e no meu próprio, endereço à família enlutada as nossas mais sentidas condolências por esta perda irreparável”.
Amurane, que foi eleito edil de Nampula como membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) nas autárquicas de 2013, há muito tempo que andava de costas viradas com aquela formação política liderada por Daviz Simango.
Aliás, Amurane já havia manifestado a sua intenção de concorrer nas autárquicas de 2018 na qualidade de candidato independente de criar o seu próprio partido político.
O assassinato de Amurane foi a grande mancha das celebrações do Dia da Paz que se assinalado quarta-feira em todo o território moçambicano. 
Foi precisamente há 25 anos que o governo moçambicano, liderado por Joaquim Chissano, e Afonso Dhlakama, líder da Renamo, o maior partido da oposição, rubricaram o Acordo Geral de Paz que marcou o fim da guerra dos 16 anos no país. 
(AIM)