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PES projecta crescimento económico de 5,5 por cento para 2017

08/12/2016 09:03
PES projecta crescimento económico de 5,5 por cento para 2017

O Plano Económico e Social (PES) e Orçamento do Estado (OE) para 2017, apresentados hoje, na Assembleia da República, o parlamento moçambicano, pelo Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, apontam um crescimento económico anual de 5,5 por cento contra os 3,9 por cento do corrente ano.

Inicialmente, a previsão para o corrente ano projectava para um crescimento económico de sete por cento, mas acabou sendo revisto em baixa devido a factores adversos, tais como a queda de matérias-primas no mercado internacional. 
Fazendo a apresentação das propostas para o próximo ano, o Primeiro-ministro apontou a indústria extractiva como o principal sector que vai catapultar a economia.
Aliás, as projecções indicam um crescimento de 24 por cento para a indústria extractiva, seguido de electricidade e gás (8,9), agricultura, produção animal, caça e florestas (5,9). 
Para o corrente ano, a previsão era um crescimento de 13,2 por cento para a indústria extractiva, electricidade e gás (8,7) e sector agrário (3,8). 
A inflação média anual projectada para 2017 é de 15,5 por cento. Dados mais recentes indicam que a inflação média para o corrente ano deverá situar-se nos 18 por cento.
Com relação a produção agrícola, o PES aponta para um aumento de 25 por cento na produção de arroz em 2017, para atingir 413 mil toneladas, contra 331 mil toneladas em 2016.
A produção de mandioca deverá crescer 20 por cento, passando de 9,1 milhões de toneladas de 2016, para 10,92 milhões de toneladas em 2017.
No caso da batata-doce, a produção deverá atingir 12 por cento, passando de 1,6 para 1,8 milhões de toneladas.
Sobre as culturas de rendimento, o PES prevê um aumento de 28 por cento na produção de cana-de-açúcar, algodão (19) e castanha-de-caju (15).
O Primeiro-ministro reconheceu a importância da agricultura para o desenvolvimento rural, razão pela qual o OE vai aumentar, para este sector, de 7,9 por cento em 2016 para 8,7 por cento em 2017.
“A agricultura é o sector determinante para a geração de emprego e riqueza para a maioria da nossa população bem como para a redução do custo de vida”, disse o governante. 
Sobre a indústria extractiva, o Primeiro-ministro manifestou o seu optimismo após o compromisso assinado pela multinacional britânica BP para a compra de toda a produção do Gás Natural Liquefeito (GNL) produzido no Campo Coral Sul na Bacia do Rovuma, pela empresa italiana ENI.
“O arranque do projecto do Coral Sul em 2017 assegura que a comercialização do gás natural liquefeito inicie dentro do cronograma previsto, o que colocará Moçambique no mapa de países exportadores de gás natural liquefeito”, disse.
O PES prevê ainda um crescimento de 4,4 por cento no volume de gás extraído nos campos de Pande e Temane, na província meridional de Inhambane. 
Estes campos são operados pela Sasol, uma empresa petroquímica sul-africana, e que actualmente também produzem óleo condensado e leve, cuja produção deverá aumentar 21 por cento em 2017.
O Primeiro-ministro fez questão de vincar que os avanços que se registam no sector da indústria extractiva irão “a curto e médio prazos, estabilizar a nossa economia e recuperar o crescimento económico bem como alargar e diversificar a base produtiva para melhorar as condições de vida de cada moçambicano”.
Na quinta-feira, os deputados da AR vão debater o PES e o OE para 2017, e juntos com o Executivo, irão buscar esclarecimentos sobre a implementação destes dois instrumentos.
(AIM)