ONU renova seu apoio na prevenção dos acidentes de viação

A renovação do apoio foi feita pela representante da OMS, Djamila Cabral, na sua intervenção hoje, em Maputo, no 2º Simpósio Nacional de Segurança Rodoviária, que decorre sob o lema Segurança Rodoviária: Uma responsabilidade de todos nós. Valorizemos a Vida.

Segundo Cabral, os acidentes de viação representam, para as Nações Unidas, um problema muito grave de saúde pública, que figura nas prioridades e necessitam de uma acção enérgica e coordenada de todos com vista a minimizar os seus efeitos no país, na sociedade assim como nas famílias.
Em todo o mundo, os acidentes de viação causam cerca de 1.3 milhões de mortes por ano e representam a nova principal causa de morte em todas idades e a primeira causa de morte entre jovens dos 15 a 29 anos, sendo a região africana, onde Moçambique faz parte, a que apresenta as taxas mais elevadas de mortalidade no trânsito, apesar de possuir menos de metade dos veículos em circulação em todo o mundo, disse Cabral.
Nos últimos cinco anos, a nível mundial, mercê dos esforços em prol da segurança rodoviária para salvar vidas, registou-se uma estabilização das mortes causadas por acidentes de viação mesmo com o aumento da população e do parque automóvel.
Porém, no mesmo período, segundo a fonte, muitos países de baixa e média renda registaram um aumento significativo nas taxas de mortalidade.
Este é o sinal evidente de que ainda temos muito trabalho para mitigar este mal. E como nos referimos antes, a coordenação e a colaboração são factores cruciais para incentivar essas mudanças, disse a representante da OMS.
Em 2011, a Assembleia Geral da ONU declarou a Década de Acção para a Segurança Rodoviária (2011/20) e, com o objectivo de acelerar a acção para reduzir o fardo causado pelos acidentes de viação, convidou os Estados membros a redobrarem os esforços para desenvolverem e implementar planos nacionais sobre a segurança rodoviária.
Adicionalmente, os Estados membros incluíram uma meta específica sobre a Segurança Rodoviária na agenda dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 3.6) que preconiza a redução, pela metade, até 2020, das mortes por acidentes de viação.
Segundo a fonte, a inclusão desta meta constitui um progresso significativo na segurança rodoviária e uma oportunidade de ouro para um trabalho conjunto, para garantir um transporte seguro de pessoas e bens no país.
Para a mitigar os acidentes de viação, a OMS, por orientação da Assembleia Geral da ONU, recomenda a incorporação de várias estratégias que combinem a implementação de uma legislação que melhore o comportamento humano, face aos cinco factores de risco.
A melhoria da capacidade para a gestão do trânsito; a melhoria das condições de segurança das vias, com atenção às necessidades dos pedestres, ciclistas e motociclistas; a melhoria da segurança dos veículos e a melhoria da capacidade no socorro pós-acidente são os cinco factores de risco.
(AIM)