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Nyusi solidário com jornalistas vítimas do ataque da Renamo

15/08/2016 08:04
Nyusi solidário com jornalistas vítimas do ataque da Renamo

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, voltou este domingo a manifestar sua solidariedade para com os jornalistas moçambicanos vítimas do ataque perpetrado, na passada sexta-feira, em Chuwala, no distrito de Bárue, a norte da província central de Manica, por homens armados da Renamo, maior partido de oposição no país.

Neste ataque foram atingidas duas viaturas, da Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique, transportando equipas de reportagem que se dirigiam ao distrito de Macossa, em Manica, para a cobertura da visita de trabalho de três dias que o Presidente da República estava a efectuar desde essa mesma sexta-feira àquele ponto do país. Do ataque, um jornalista ficou ligeiramente ferido em consequência dos estilhaços de vidros. Não houve, no entanto, vítimas mortais.
Já na sexta-feira o Presidente havia condenado ataque. Falando este domingo na sede do distrito de Macate, a jornalistas que cobriram a sua visita a região, o Chefe do Estado moçambicano disse esperar que esta atitude, como tantas outras levadas a cabo pelo principal partido da oposição contra crianças e mulheres tenham fim.
Fazendo o balanço da sua digressão a província, nomeadamente aos distritos de Mossurize, Macossa, Vanduzi e Macate, Nyusi afirmou que este 'é positivo, porque exibem, claramente, sinais de crescimento'.
Disse ter verificado “in loco” as consequências da seca e do impacto dos ataques da Renamo naquelas zonas, acrescentando que era também sua intenção aperceber-se do crescimento que esta província tem vindo a registar nos últimos tempos.
Nyusi salientou que deu para verificar o que se produz nesta região do “hinterland”, bem como pôde fazer algumas inaugurações de infra-estruturas socio-económicas, prometidas as populações aquando da sua campanha eleitoral, em 2014.
Sustentou que muitas preocupações apresentadas, na altura, pelo eleitorado hoje já não têm razão de ser, nomeadamente a melhoria de vias de acesso, construção de escolas e hospitais e abertura de furos de água e fornecimento de energia eléctrica.
Explicou que isso se deve essencialmente ao facto do governo estar a assumir, com rigor e determinação, as promessas feitas, dentro dos desafios inerentes a melhoria das condições de vida.
Ilustrou que estão a entrar na província de Manica investidores estrangeiros, que são atraídos pelas suas potencialidades agro-pecuárias, turísticas e mineras.
“Estes investimentos”, segundo destacou o Presidente, 'estão a mudar gradualmente a região“, o que encoraja o governo a prosseguir com os seus esforços sobre a melhoria da vida, no país.
O estadista moçambicano referiu ter deixado uma mensagem, segundo a qual nada resta aos moçambicanos, senão a produção de comida, para o bem-estar de todos.
Frisou que o potencial que esta provincial exibe, associado a um clima diversificado, deve ser explorado, no máximo, com vista a incrementar os níveis da produção de comida.
Falou dos produtos que têm sido colocados no mercado internacional, facto que, de acordo com Nyusi, orgulha o país, por saber que são de “grande” qualidade, à altura de competir a nível mundial.
O Presidente referia-se a pêra de abacate, o milho miúdo, os variados tipos de feijões, a fruta e o piripiri, produzidos pela empresa Westaflia Fruto Moçambique e Companhia de Vanduzi.
Disse que o país está assim em condições de concorrer no mercado internacional, através da sua fruta, produzida em Manica.
No seu tete-a-tete com os profissionais da comunicação social, Nyusi anotou que a província de Manica espera voltar a ser o celeiro do país.
Entretanto, instado a dizer se não achava estranho a escalada de ataques da Renamo, nos últimos dias nas regiões do centro de Moçambique, com destaque para Manica, o Presidente afirmou que não partilhava esta ideia, pois que a organização de Afonso Dhlakhama sempre atacou tudo, incluindo animais e riqueza.
(AIM)