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Nyusi inteira-se do estágio da exploração de carvão em Tete

27/05/2016 10:50
Nyusi inteira-se do estágio da exploração de carvão em Tete

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, visitou hoje a Jindal, uma companhia mineira com capitais indianos estabelecida na província central de Tete, onde teve a oportunidade de se inteirar das suas actividades.

A Jindal está envolvida na exploração de carvão mineral em Chirodzi, distrito de Marara. Infelizmente, as suas actividades estão paralisadas na sequência da queda vertiginosa do preço deste recurso no mercado internacional.
Uma das consequências foi a supressão de 250 empregos. Porém, a mina continua a empregar cerca de 300 pessoas que trabalham na planta de processamento do carvão já extraído, bem como nos sectores da comercialização e de gestão.
O director dos Recursos Minerais e Energia de Tete, Grácio Cune, confirmou a jornalistas que acompanharam a visita do Presidente Nyusi, que a “Jindal” está paralisada apenas no sector da extracção, mas continua a processar o carvão extraído antes da interrupção das suas actividades. 
“A extracção do carvão é uma das actividades que lideram a economia de Tete. Mas, neste momento, esta indústria está a enfrentar problemas relacionados com a queda vertiginosa de preços no mercado internacional”, disse Cune. 
Segundo a fonte, quase que todas as mineradoras que operam em Tete enfrentam as mesmas dificuldades. Entretanto, outras, incluindo a multinacional brasileira Vale, continuam a “resistir” extraindo o carvão mas “numa escala muito reduzida”.
As companhias mineiras “IVCL” e Minas Moatize são outras que também decidiram suspender as suas actividades.
A construção de centrais térmicas continua a ser vista como sendo uma iniciativa que poderá viabilizar os projectos de exploração do carvão mineral em Tete, enquanto se aguarda pela estabilização do preço a nível internacional. 
Aliás, a própria Jindal diz ter um plano para a construção de uma central térmica até finais de 2020.
Contudo, Grácio Cune foi cauteloso em detalhar o número exacto dos projectos em carteira ou que já foram submetidos para aprovação.
“Por agora pode ser difícil dizer quando é que os projectos vão arrancar porque a maior parte ainda estão a ser avaliados, incluindo um submetido pela própria Jindal”, disse Cune.
A mina explorada pela Jindal, cuja licença é valida por um período de 25 anos, possui uma reserva calculada em 700 milhões de toneladas.