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Nyusi desafia moçambicanos na diáspora a partilharem experiências de democracia

23/12/2016 07:43
Nyusi desafia moçambicanos na diáspora a partilharem experiências de democracia

O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafia a comunidade moçambicana na diáspora a transmitir ao povo a sua experiência de convivência democrática nos países de acolhimento. Segundo Nyusi, esta é uma das formas de contribuir para o restabelecimento de uma paz efectiva, em Moçambique.

O mais alto magistrado da nação lançou o repto quarta-feira, em Maputo, na cerimónia de saudação pela comunidade moçambicana residente no estrangeiro, por ocasião do Natal e do Fim-de-Ano.
“Tragam essa experiência para o vosso país. É só isso que falta para continuarmos tranquilamente a viver em paz (…) Só falta compreender a democracia. Transmitam os valores da democracia nos países onde vivem com tranquilidade, sem confusão, onde as eleições são reconhecidas quando terminam”, disse o Presidente.
Explicou que o governo continua a trabalhar incansavelmente na busca de soluções sustentáveis e duradoiras para uma paz efectiva, que é condição indispensável para o crescimento e desenvolvimento económico do país.
Nyusi desafiou a igualmente a comunidade a participar na luta contra a pobreza e dependência, através do investimento local para a produção de bens essenciais, assim como através de estreitamento de parcerias favoráveis a um desenvolvimento sustentável.
Exortou aos moçambicanos na diáspora a desempenharem o papel de “embaixadores informais” e transmitirem uma imagem positiva sobre o país, expondo as oportunidades que oferece. 
O estadista moçambicano também recomendou para que continuem a depositar as suas poupanças em moeda externa nos bancos moçambicanos, como forma de conferir uma maior robustez à economia nacional. Aliás, esta também é uma forma de ajudar a apreciação da moeda nacional (o metical) face as principais moedas estrangeiras. 
Garantiu que o governo vai continuar a desempenhar o seu papel para assegurar o bem-estar do povo moçambicano nos diferentes países de acolhimento. 
Como exemplo, citou os casos dos moçambicanos residentes na Tanzânia, Quénia e Malawi, que já se beneficiam das facilidades criadas na emissão de documentos de identificação. 
Numa mensagem apresentada por Leonardo Caliano, a comunidade moçambicana na diáspora saudou o governo pela forma como vem enfrentando os impactos das adversidades que o país atravessa, bem como as medidas tomadas para mitigar os seus efeitos negativos.
“Estamos cientes de que, sob vossa direcção, o nosso povo saberá superar e retomar o caminho da unidade, paz e desenvolvimento”, lê-se na mensagem.
Participaram no evento representantes da comunidade moçambicana residente na África do Sul, Angola, Alemanha, Bélgica, Etiópia, Suíça, França, Suazilândia, Portugal, Quénia, Zâmbia, Tanzânia, Zimbabwe, entre outros.
A cerimónia contou com a presença do Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, e outros membros do Conselho de Ministros; deputados da Assembleia da República (o parlamento moçambicano); antigo estadista, Joaquim Chissano, sociedade civil, académicos e demais convidados. 
(AIM)