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Nyusi defende programas interligados para prevenção de novas infecções de HIV

02/12/2016 07:59
Nyusi defende programas interligados para prevenção de novas infecções de HIV

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, instou aos actores sociais e parceiros a apostarem na interligação de programas de difusão de mensagens de prevenção contra o HIV/SIDA por forma a se alcançar a meta de zero novas infecções até 2030, no país.

Nyusi, que falava hoje, em Maputo, na cerimónia alusiva as comemorações de Um de Dezembro, dia mundial de luta contra o HIV/SIDA, destacou que no presente ano foram criadas, em Moçambique, condições técnicas para que cerca de 90 por cento das pessoas vivendo com o vírus tenham acesso ao tratamento anti-retroviral.
Moçambique, segundo o Presidente, registou progressos significativos no combate à epidemia do HIV/SIDA. 
Para melhor ilustrar, referiu que “de 2011 a 2013 registamos uma redução da transmissão sexual do HIV em 25 por cento. Registamos, igualmente, redução da transmissão do vírus do HIV da mãe para o filho em quase metade nos últimos três anos, passando de 11,9 por cento em 2013 para 6,2 por cento em 2015”.
O Presidente disse ainda que “queremos assegurar que no final do ano em curso, 922.054 concidadãos infectados com HIV estarão em tratamento anti-retroviral, dos quais 70.241 são crianças, elevando a cobertura para 80 por cento das pessoas elegíveis”. 
Contudo, advertiu que apesar destes resultados encorajadores, ainda existem muitos desafios para alcançar um Moçambique livre de SIDA até 2030.
Neste desafio, as lideranças, a todos os níveis, desempenham um papel fundamental, pois constituem um foco de importância na consolidação das práticas, crenças e convicções das populações.
“Hoje é o dia em que devemos reflectir sobre como fazemos o tratamento e como transmitimos a mensagem tomando a prevenção como prioridade na luta que se trava para a redução de novas infecções, com as atenções centradas nas camadas jovens”, disse Nyusi.
O Chefe de Estado moçambicano destacou a importância do uso de línguas locais na transmissão de mensagens, destacando que recai `a família a responsabilidade de oferecer aos jovens adolescentes a respectiva educação básica.
O Plano Estratégico Nacional 2015/2019 adoptado pelo Governo, em 2015, contempla todas as acções a serem implementadas para se alcançar a meta de zero novas infecções até 2030.
Por sua vez, Márcia de Castro, falando em nome dos parceiros de cooperação, garantiu a continuidade do apoio `as acções governamentais de luta contra o HIV/SIDA, destacando que Moçambique possui centros de saúde a altura de prestar os cuidados necessários para o efeito.
“A nossa maior preocupação é o facto de as novas infecções acontecerem maioritariamente em jovens com idades entre os 15 e 19 anos”, afirmou.
Segundo de Castro, desde que o vírus do SIDA foi detectado nos anos 80 como ameaça a saúde pública, 18,2 milhões de pessoas no mundo estão em tratamento anti-retroviral e mais de 70 por cento das mulheres gravidas tem acesso aos medicamentos de prevenção da transmissão vertical.
O desafio, a nível global, segundo Márcia de Castro, é de tratar 30 milhões de pessoas até 2030.
Este ano, o dia mundial de luta contra o HIV/SIDA comemora-se sob o lema “Por amor à vida eu protejo-me do HIV e SIDA”.
(AIM)