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Nyusi considera TICAD excelente plataforma para negócios

29/08/2016 07:57
Nyusi considera TICAD excelente plataforma para negócios

O Presidente da República, Filipe Nyusi, considera que a VI Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento de África (TICAD VI), um evento que teve lugar este fim-de-semana na cidade de Nairobi, capital queniana, foi uma excelente oportunidade para fazer negócios e com muitos ganhos para Moçambique.

Nyusi manifestou este sentimento em conferência de imprensa, havida no sábado, e que marcou o fim da sua participação na TICAD VI.
“A TICAD foi uma grande oportunidade onde os países africanos se fizeram presentes em bom número para estabelecer parcerias e também um momento para dizer aquilo que os africanos precisam neste momento”, disse Nyusi.
O Chefe do Estado vincou que aquela plataforma “não se trata de um fórum de doadores ou de doações, mas sim para discutirmos oportunidades de negócio com o Japão”. 
Como testemunho disso, Nyusi referiu que logo após a sua chegada, na sexta-feira, manteve um encontro com o Primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, durante o qual foi passada em revista a cooperação entre ambos os países. 
No referido almoço de trabalho, o Primeiro-ministro japonês, um dos co-organizadores do evento, fazia-se acompanhar por vários empresários com interesses em Moçambique.
Aliás, na deslocação a Nairobi, o governante nipónico fazia-se acompanhar por uma delegação com mais de uma centena de empresários. 
Segundo Nyusi, a TICAD foi também um momento para revisitar o relacionamento de Moçambique com o Japão, que manifestou claramente o desejo de continuar a trabalhar e cooperar com o país. 
Na ocasião, Nyusi arrolou vários projectos em curso no país e que contam com o apoio das autoridades e empresas japonesas tais como o ProSavana, reabilitação e desenvolvimento do Corredor de Nacala, extracção de carvão em Tete, reabilitação e ampliação da linha férrea Moatize/Nacala, entre outros.
O Japão também coopera com Moçambique nas áreas da educação, saúde e formação profissional. 
Na ocasião, Nyusi referiu-se particularmente a um projecto da empresa japonesa Sumitomo que está a construir uma central térmica combinada em Maputo, movida a gás.
O estadista mocambicano disse que, durante a TICAD, teve conhecimento, através da imprensa nipónica, que a multinacional japonesa Sumitomo Corp também equaciona a possibilidade de construir uma central térmica com capacidade para a produção de 1200 Megawatts de electricidade em Moatize, província central de Tete.
“Isso significa que os nossos encontros estão a surtir efeitos”, sublinhou.
Este e outros desenvolvimentos levaram o Presidente da República a afirmar que, de um modo geral, África e Moçambique atingiram os seus objectivos, um dos quais era desencorajar a exportação de matérias-primas que podem ser processadas no continente e, deste modo, criar empregar e acrescentar valor. 
Nyusi disse ainda que na noite de sexta-feira o Primeiro-ministro voltou a convidá-lo a visitar o seu país, no primeiro trimestre de 2017, algo que já está a criar muita expectativa no seio das empresas daquele país asiático. 
Por isso, aproveitou para advertir aos empresários nacionais para que se preparem com a devida antecedência para aproveitarem as oportunidades que o Japão tem para oferecer. 
“Isso é extremamente importante. Por isso, vamos nos engajar na preparação desta visita que é muito esperada, e que não foi possível fazer antes devido a imperativos da agenda nacional”, disse.
A conferência de Nairobi decorreu sob o lema “Avançando com Agenda Africana de Desenvolvimento Sustentável em África - Parceria TICAD para a Prosperidade”. Esta é a primeira vez que um país africano acolhe um evento desta natureza, desde o seu lançamento em 1993. 
O processo da TICAD é constituído por cinco partes interessadas, também chamados de co-organizadores, nomeadamente o governo do Japão, União Africana, Comissão da União Africana, Gabinete do Conselheiro Especial das Nações Unidas para África, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Banco Mundial.
Segundo as autoridades quenianas, participaram no evento mais de 10 mil delegados, dos quais quatro mil japoneses, que se traduziu numa receita superior a 100 milhões de dólares.
(AIM)