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Nyusi condena violência e descriminação contra seropositivos

04/12/2017 10:56
Nyusi condena violência e descriminação contra seropositivos

O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafiou hoje a comunidade, em geral, a condenar e combater qualquer tipo de descriminação e violência contra as pessoas vivendo com HIV e SIDA no país.

O Estadista moçambicano falava hoje, em Maputo, por ocasião do dia mundial de luta contra o HIV e Sida que se comemora em todo mundo, cujo lema, em Moçambique, é “Priorizando a prevenção para acelerar o combate ao HIV e Sida.

As pessoas com HIV são excluídas e sofrem violência psicológica e, algumas vezes, de violência física. Isso é inaceitável! Todos devemos condenar a descriminação em relação às pessoas que vivem com HIV e Sida, referiu o Presidente.
Sublinhando haver condições, no país, para que nenhuma criança nasça com HIV ou ninguém morra devido a este vírus, Nyusi disse que parte da população infantil é afectada devido a vulnerabilidade.
Estamos a falar de crianças órfãs. Mais de dois milhões de crianças são órfãs. Destas, 800 mil encontram-se nesta situação por causa do HIV. Temos de parar a propagação do HIV. É hora de agir e agir em conjunto, acrescentou.
Citando os dados do último Inquérito de Indicadores de Imunização, Malária e HIV/SIDA no país (IMASIDA 2015) , Nyusi manifestou a sua preocupação com os índices de mortes, destacando, por outro lado, a necessidade de se combater, afincadamente, este mal social que afecta milhares de moçambicanos. 
Os dados indicam que em 2016 morreram 62 mil pessoas devido ao HIV. Dados mais recentes mostram que existem cerca de 1,9 milhões de pessoas a viver com HIV, isso significa que um em cada 8 adultos vive com HIV”, disse.
O Presidente manifestou a sua preocupação ainda com o desconhecimento, por parte dos jovens, sobretudo do sexo feminino, sobre os métodos de prevenção.
Nas zonas rurais existe ainda um desconhecimento mais acentuado”, frisou o Chefe de Estado, manifestando, igualmente, a sua preocupação com o nível de abandono de tratamento pelos pacientes nas unidades sanitárias.
A retenção nos cuidados tem sido um grande desafio, pois 69 por cento dos pacientes mantêm-se nos cuidados e tratamento após 12 meses. Temos ainda que localizar e trabalhar com os outros que abandonam, desafiou.
Nyusi aproveitou a ocasião, para, apelar as pessoas a não abandonar o tratamento. 
(AIM)