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Novas fontes de energia reforçam rede nacional

31/07/2017 12:56
Novas fontes de energia reforçam rede nacional

Trata-se de energia proveniente das diversas fontes que vêm sendo construídas no país desde 2015, com envolvimento directo da Electricidade de Moçambique (EDM).

Entre estas unidades de geração, destacam-se as centrais térmicas a gás natural de Ressano Garcia, inaugurada em 2016; a Kuvaniga, em Chókwè, recentemente activada pelo Presidente da República; a de ciclo combinado em construção na cidade de Maputo, bem como as fontes solares de Mocuba e Metoro, ainda em fase de negociação do necessário financiamento. 
Carlos Yum, administrador de Operações da EDM, explicou ao “Notícias” que a materialização destes empreendimentos resulta de um investimento de 900 milhões de dólares americanos, na sua maioria desembolsados pela empresa pública.
Actualmente, a EDM usa 950 MW para abastecer os seus milhares de clientes no país, entre consumidores domésticos, industriais e outras instalações. É deste volume que, nas horas de baixo consumo, a companhia exporta para alguns países vizinhos.
Segundo Yum, embora a energia movimentada pela EDM seja na ordem de 950 MW, Moçambique consome, no geral 1900 MW, sendo os outros 950 MW consumidos pela fábrica de fundição de alumínio Mozal.
Ainda de acordo com a fonte, a disponibilidade de energia eléctrica para os clientes da EDM vai aumentar ainda mais em 2022, altura em que a empresa espera ter em operação a Central Térmica de Temane, a ser construída naquele ponto da província meridional de Inhambane em parceria com a petroquímica Sasol. A unidade vai gerar 400 MW de electricidade a partir do gás natural dos jazigos de Pande e Temane.
Fora as unidades de geração, Carlos Yum falou também das linhas de transporte recém construídas e outras em carteira, destacando a sua importância na dinâmica de fornecimento deste recurso.
A título de exemplo, apontou a nova linha com 140 quilómetros de extensão entre Ressano Garcia e Ndzimbene, em Gaza, sul do país, que se junta à antiga que liga Infulene e Lindela. A infra-estrutura confere redundância à rede de transporte para Gaza e Inhambane, o que evitará cortes de energia mesmo em caso do derrube de um poste.
Falou também do projecto da linha Vilankulo-Maputo, que é parte da chamada espinha dorsal, que deverá ligar Tete (centro) e a capital do país. O troço em que nele se espera avançar está avaliado em 560 milhões de dólares norte- americanos e passará por Chibuto (sul), para alimentar o projecto de extracção e processamento das areias pesadas.
(AIM)