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Nenhuma economia prospera com base em empréstimos e donativos

09/06/2016 08:39
Nenhuma economia prospera com base em empréstimos e donativos

O Primeiro-Ministro (PM) moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, disse que nenhuma economia pode prosperar sustentando-se em empréstimos ou donativos. “Nenhuma economia pode prosperar sustentando – se, indefinidamente, através de 

empréstimos externos e donativos”, afirmou Agostinho do Rosário. Ele Falava hoje, em Maputo, durante a segunda sessão extraordinária da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, alusiva a informação do governo sobre a dívida pública.
Na ocasião, o Primeiro-Ministro mostrou-se convicto que com a operacionalização do Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2014-2019, associada ao investimento previsto nos sectores de hidrocarbonetos e ferro-portuário, o país pode, a curto e médio prazos, inverter a actual situação económica.
“Reconhecemos que o crescimento do nível de endividamento do nosso país é um desafio. Contudo, estamos convictos e confiantes de que com o capital humano e imensos recursos naturais que o país detém iremos, a curto e médio prazos, continuar a registar crescimento económico, alargar e diversificar a base produtiva para melhorar as condições de vida de cada moçambicano”, disse Agostinho do Rosário.
Ele manifestou a sua convicção de que os moçambicanos vão superar os desafios do momento se estiverem focalizados na paz e na operacionalização do PQG 2014-2019. “Esforcemo-nos para que o nosso Estado seja sempre do bem”.
Nos finais de Abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu a sua assistência financeira a Moçambique após a descoberta de empréstimos não revelados no valor de 1,4 bilião de dólares. Dias depois, o Banco Mundial tomou a mesma decisão. O Reino Unido e o G14, por seu turno, decidiram suspender o apoio directo ao Orçamento do Estado.
Entretanto, o Executivo moçambicano garante que já está a trabalhar no sentido de restaurar as suas relações com o Banco Mundial, FMI e parceiros de cooperação.
No entanto, de acordo com Primeiro-Ministro, o espírito patriótico e de responsabilidade histórica do actual momento deve aliar-se a superação nesta fase crítica que a economia atravessa.
“Reiteramos que para o resgate da credibilidade do país, somos todos chamados a dar o nosso contributo, seja qual for a nossa filiação partidária, pois, acima das cores de cada partido, devemos escutar os anseios do nosso povo a quem dignamente representamos”, afirmou Carlos Agostinho do Rosário.
A segunda sessão extraordinária do parlamento convocada para o esclarecimento dos contornos da dívida pública termina esta Quinta-feira.
(AIM)