Moçambique recebe 1,2 Milhão de euros para ajuda alimentar
O Governo alemão disponibilizou à CARE e a Welthungerhilfe (Acção Agrária Alemã) um total de 1,2 milhão de Euros para apoiar as famílias mais necessitadas na província meridional de Inhambane, em Moçambique, de modo a ajudá-las durante a recente seca que se faz sentir desde o início do ano passado, provocando situações de fome.
Daquele montante, 700 mil euros serão concedidos à CARE e os restantes 500 mil à Welthungerhilfe, segundo um comunicado da Embaixada alemã em Maputo, recebido hoje pela AIM.
Moçambique, como toda a África Oriental e Austral, tem sido afectado pela pior seca dos últimos 35 anos, refere a nota, explicando que, no continente, milhões de pessoas sofrem de fome devido a este fenómeno.
Em Moçambique, um país em que quase 60 por cento da população vive com menos de 1,25 USD por dia, e cerca de 43 por cento das crianças sofrem de desnutrição crónica, tal seca tem consequências devastadoras, acrescenta o documento.
A população, de acordo com o comunicado, não tem possibilidade alguma de reservar poupanças para as épocas difíceis ou de se preparar para lidar com as mudanças climáticas.
Realça que o Governo alemão também apoia projectos que visam melhor responder as alterações climáticas. Neste campo, a CARE já trabalhou com o Governo alemão.
Esta organização internacional actua em Moçambique desde 1984, e levou a cabo projectos inicialmente realizados no domínio da ajuda humanitária, posteriormente, expandiu o seu portfólio, passando a realizar projectos principalmente na área de saúde, agricultura e segurança alimentar.
Com o dinheiro concedido pelo Governo alemão, a CARE estabeleceu como sua tarefa, fornecer ajuda alimentar a cerca de 6.000 famílias mais afectadas pela seca, por um período de cinco meses.
Por sua vez, a Welthungerhilfe está em Moçambique desde 1988 e actua principalmente nas áreas de ajuda de emergência e desenvolvimento rural.
Até ao final do ano, segundo a embaixada alemã, a Welthungerhilfe continuará apoiando 2.000 famílias com suprimentos alimentares. Além disso, as mesmas famílias receberão sementes para a próxima época produtiva, de modo a puderem suprir as suas próprias necessidades alimentares
(AIM)