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Moçambique prepara Serviço de Salvamento na indústria

01/11/2017 09:32
Moçambique prepara Serviço de Salvamento na indústria

Moçambique passará a contar, até meados de 2018, com um Serviço de Salvamento e Resgate na Indústria Extractiva dos Recursos Minerais, destinado a responder com celeridade aos episódios que ocorrerem da complexidade da actividade na indústria pelo país.

Para o efeito, foi publicamente apresentado hoje em Maputo o esboço da iniciativa destinada a estabelecer um sistema de salvamento e de resgate moderno e altamente eficaz na indústria extractiva mineira e petrolífera em linha com as normas e boas práticas internacionais.

Através da iniciativa, pretende-se igualmente estabelecer o sistema de alarme para acidentes e introduzir o mecanismo de coordenação na resposta aos acidentes assim como uma estratégia de comunicação bem como preencher o vazio legislativo existente.
A Política e Estratégia dos Recursos Minerais do Governo de Moçambique consagram que as operações mineiras e petrolíferas sejam realizadas de modo sustentável e seguro e estabelecer a meta de zero acidentes, objectivo cujo alcance passa pelo estabelecimento, pelas empresas do sector, de sistemas internos de segurança técnica e de gestão de risco nas suas operações.
O Secretario Permanente do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Alfredo Nampete, que discursava no encontro de apresentação da iniciativa, disse que o país não tem nenhum sistema quando se trata da questão de salvamento na indústria extractiva.
Há acidentes que ocorrem e por vezes somos apanhados em contra-pé, mas isso não nos deixa confortáveis porque mesmo que seja só uma pessoa a morrer é uma vida, afirmou Nampete, acrescentando que as actividades de desenvolvimento socioeconómico do país não podem ser motivo de morte seja para quem for.
Os serviços, segundo a fonte, destinam-se a assegurar que, logo na primeira hora, o país possa ter capacidade de resposta rápida, quando surgirem situações de desabamento tanto de minas quanto outros acidentes, até porque a actividade é complexa e precisa de ter esse sistema aos seus riscos.
Sem avançar números, Nampete apontou, a título de exemplo, que os casos mais recentes havidos na província nortenha de Nampula e no distrito do Gilé, província central da Zambézia, se saldaram na morte de pessoas, garimpeiros que exerciam a actividade mineira.
Se tivermos esse sistema de salvamento a funcionar não importa quem está a fazer a vida, teríamos conseguido salvar, disse a fonte, acrescentando que se tudo correr bem, o mais tardar até meados de 2018 o sistema estará consumado e o país tem cerca de 30 técnicos que foram treinados na Alemanha, para darem o seu contributo no país.
Para além de quadros do MIREME estiveram presentes representantes de diversas empresas do sector extractivo, intervenientes do sector, da sociedade civil, sindicatos bem como os próprios operadores mineiros que sentem essa necessidade.