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Moçambique inimigo de hoje é a pobreza

30/06/2015 10:20
Moçambique inimigo de hoje é a pobreza

Maputo, 25 Jun. (AIM) – O Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, considera a pobreza como único inimigo do momento, quando são volvidos precisamente 40 anos após a proclamação da independência nacional do jugo colonial português.

O estadista moçambicano, que falava hoje, em Maputo, durante um almoço no Palácio da Ponta Vermelha por ocasião da comemoração do 40º aniversário da independência nacional, explicou que para o sucesso da luta contra a pobreza é necessário que todos os moçambicanos assumam como prioridade a unidade nacional.

Para o efeito, urge a manutenção da paz e um diálogo permanente.

“O inimigo de hoje é a pobreza, não podemos inventar um outro. Neste momento de fraternal reflexão, comecemos desde já, caros irmãos, a pensar no Moçambique dos próximos anos! Dos próximos 50 anos, por exemplo. Um Moçambique em que todos pensam no importante, onde os interesses umbilicais e egoístas se subalternizam aos colectivos. Um Moçambique forte, próspero e desenvolvido”, vincou.

Exortou ainda aos moçambicanos para que pensem no futuro de um país onde não haja ilhas ideológicas dos que pretendem ver o país esquartejado.

Nyusi disse que a união foi a principal arma que os moçambicanos tiveram para enfrentar o colonialismo e todas outras manifestações tendentes a adiar a independência nacional, dai a importância de se usar esta mesma arma para enfrentar a pobreza.

Em relação ao diálogo, o mais alto magistrado da nação disse que não custa dinheiro, pois basta apenas ouvir e saber ouvir, respeitar as posições dos outros e “não obrigar que o outro faça o que quero”, caso contrário existe o risco de se incorrer ao erro de ameaça, ressuscitando assim o dilema da falta de paz.

Falando particularmente da independência nacional, Nyusi considera esta conquista como sendo o tesouro que todos os moçambicanos almejavam, porque estavam cansados da opressão colonial portuguesa.

“Por isso, acreditamos que não haja festa que suplante o 25 de Junho, data em que os moçambicanos, sem distinção de qualquer espécie, se encontram para celebrar a sua emancipação política”, disse.

Entre os participantes destacam-se os antigos Presidentes moçambicanos, Joaquim Chissano e Armando Guebuza; os Presidentes do Malawi, Peter Mutharika; da Namíbia, Hage Geingob; da Tanzânia, Jakaya Kikwete; da Zâmbia, Edgar Lungu e do Zimbabwe, Robert Mugabe.

Os convidados também incluem os antigos presidentes do Botswana, Quett Masire; da Namíbia, Hifikepunye Pohamba.

Angola fez-se representar pelo seu vice-Presidente, Manuel Vicente. Outros convidados incluíam membros do corpo diplomático; membros do governo, representantes de partidos políticos e das organizações da sociedade civil, entre outros.