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Moçambique é uma orquestra e o povo seu único maestro

25/08/2016 08:01
Moçambique é uma orquestra e o povo seu único maestro

O Presidente da República, Filipe Nyusi, enalteceu hoje a diversidade cultural de Moçambique, considerando-a um orgulho que todos cidadãos devem valorizar. O Estadista moçambicano falava na abertura do IX Festival Nacional de Cultura, na cidade da Beira, a capital da província central de Sofala.

Estamos a celebrar a nossa diferença espelhada nesta grande orquestra que se chama Moçambique onde todos tocamos com nosso único maestro: o povo”, sublinhou.
Nyusi referia-se ao facto de os participantes, de todas as províncias do país, serem detentores de práticas culturais específicas e que, no seu conjunto, formam uma riqueza multicultural e bandeira da cultura moçambicana.
“Viemos de todos os cantos e recantos do nosso país, trazendo a emoção e a grandeza desta Nação Heróica aqui representada. Viemos ávidos de nos reencontrar colectivamente com a nossa história que vem sendo elevada aos patamares mais altos, através das artes e pela recriação das nossas milenárias tradições culturais”, afirmou Nyusi.
Segundo o Presidente, os artistas são todos os moçambicanos que fazem e usufruem dessa arte “feita pelas nossas mãos, riqueza material e imaterial da nossa cultura representada pela imortalidade do nosso povo”.
“Viemos fazer festa! A nossa cultura é o nosso orgulho”, disse Nyusi, num discurso marcadamente poético.
De acordo com o Presidente, o IX Festival Nacional da Cultura tem lugar numa altura em que os moçambicanos vivem momentos conturbados “pela acção desestabilizadora movida pela Renamo que interfere negativamente no normal desenvolvimento do nosso país”.
“Como o fizeram no passado recente, os artistas mostram o quanto as artes constituem arma poderosa de denúncia e repulsa das atrocidades e dos actos contrários ao projecto colectivo de promoção do bem-estar e fortalecimento da nossa Pátria”, referiu o Chefe de Estado.
Na acção governativa, segundo Nyusi, destaca-se a centralidade da cultura como factor de identidade e vector de desenvolvimento integrado e sustentável.
Realçou que, paralelamente ao papel destes eventos no impulso à preservação e divulgação das ricas tradições culturais, da partilha de saberes milenares, os eventos têm, igualmente, o condão de incutir e cimentar a unidade nacional.
“As nossas tradições devem trazer, ao de cima, as diferentes práticas e expressões culturais, possuindo todos elementos de semelhança”, recomendou o Chefe de Estado, para quem também podem ter alcance económico, pela indústria que a cultura e a criação artística engendram.
A IX edição do Festival Nacional da Cultura, que vai decorrer até 28 de Agosto corrente, nas cidades da Beira e Dondo, junta um total de 2.825 participantes, entre convidados nacionais e estrangeiros, delegações provinciais, artistas e técnicos de apoio à organização.
A cerimónia de abertura foi marcada pelo desfile das delegações, e apresentação de um bailado reportando as marcas históricas do país e da província acolhedora, em particular.
Na ocasião, foi entoado o hino do festival, de autoria do escritor Mia Couto, e uma canção produzida pelo artista Jorge Mamade, da cidade da Beira.
Momentos depois de abertura oficial do festival, o Presidente da República, Filipe Nyusi, visitou a feira da arte e gastronomia e inaugurou uma exposição sobre potencialidades turísticas e um estúdio de gravação na Casa de Cultura da Beira.
(AIM)