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Moçambique desperta interesse dos mercados da Asia e Europa do leste

02/10/2017 10:09
Moçambique desperta interesse dos mercados da Asia e Europa do leste

Moçambique está a despertar atenção dos mercados emissores do turismo da Ásia e Europa do Leste na Feira Internacional de Turismo de Sanganai (Sanganai World Tourism Expo 2017), um evento de cinco dias em curso desde a quinta-feira da semana passada no Zimbabwe.

Num contacto estabelecido no sábado, os operadores turísticos de ambos os continentes manifestaram a sua intenção de apostar no mercado moçambicano com efeito a partir do próximo ano. 

Para o efeito, os operadores turísticos vão oferecer pacotes direccionados a Moçambique, particularmente para as áreas de conservação. 
Estas garantias foram dadas a conhecer à comitiva moçambicana da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), que participa no evento, durante os encontros de negócio mais conhecidos por 'speed networking' organizados na Feira de Sanganai.
O evento, que decorre desde 27 de Setembro, na cidade zimbabweana de Bulawayo, conta com a participação de mais de 300 expositores, incluindo agências de viagens, operadores e provedores de serviços de turismo da África, Ásia, América do Norte e América do Sul.
O especialista de turismo na ANAC, Muhamed Haruna, disse que nos cerca de 30 encontros de negócios que a sua delegação manteve com os operadores turísticos presente na Feira de Sanganai, pelo menos metade prometeram visitar o país nos próximos anos para participar nas Feira Internacional de Maputo e no Descubra Moçambique, bem como organizar excursões de turistas de seus países. 
'Esperamos colher bons resultados destas conferências', disse Haruna, frisando que esta é a sua avaliação pelo interesse demonstrado durante a troca de informações sobre as potencialidades do país nos encontros de negócios.
Entretanto, o ministro zimbabweano das finanças, Patrik Shinambasa, disse sexta-feira, na abertura do evento que a África deve fazer um marketing mais agressivo para conquistar outros mercados emissores de turismo, tais como a América do Sul, América do Norte, Coreia do Sul, India, Rússia, Turquia. 
'Temos que ser mais agressivos para podermos conquistar outros mercados emissores', disse o governante, adiantando que o desenvolvimento da economia do Zimbabwe depende em grande medida do turismo, agricultura, indústria e mineração.
Ao nível do governo já há acções a acontecer com vista a alavancar o negócio do turismo, disse Patrik, indicando que medidas incluem a isenção das taxas aeroportuárias e de sobrevoo ao espaço zimbabweano, melhoria das infra-estruturas e das condições para o crescimento da biodiversidade nos parques nacionais e reservas.
Citou como exemplo a aposta no Parque Nacional de Gonorezhou que faz fronteira com Moçambique.
O ministro disse que o Zimbabwe, com uma economia pujante, já está a regressar mas precisa ainda de muito trabalho por parte do sector privado para recuperar das perdas sofridas durante a crise que abalou o país nos últimos anos.
Disse que a subida do número de expositores na presente edição, que passou 230 em 2016 para 493 em 2017, vai ajudar para o aumento de número de turistas de 2,2 milhões para cinco milhões. 
Apontou como factores que vão concorrer para o aumento do número de turistas o potencial existente nas cataratas de Vitória Falls, do Parque Transfronteiriço do Limpopo que inclui o Parque Nacional de Gonorezhou no Zimbabwe, Limpopo em Moçambique e Kruger na África do Sul.
AIM