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Moçambique avalia modelo de transporte metropolitano do Japão

15/03/2017 07:55
Moçambique avalia modelo de transporte metropolitano do Japão

O Presidente da República, Filipe Nyusi, apontou o transporte ferroviário metropolitano como uma das alternativas que o governo moçambicano está a analisar com vista a solucionar a problemática de transporte urbano que afecta milhões de concidadãos no país.

Nyusi manifestou o sentimento na visita esta terça-feira a estação central de Yurikamome, empresa que está no mercado do transporte ferroviário desde 1995, estabelecendo a ligação entre a baixa da cidade de Tóquio e a zona de “Waterfront” de vários cursos de água que atravessam a metrópole.
Os comboios da Yurikamome, de comando automático, transportam cerca de 45 milhões de utentes por ano.
O estadista moçambicano visitou as instalações e recebeu explicações detalhadas sobre o seu funcionamento, as várias inovações tecnológicas traduzidas no facto de as carruagens terem rodas de borracha e a impulsão da composição ser feita através da energia eléctrica. 
Nyusi, que embarcou numa das carruagens de uma composição que vai até 60 quilómetros por hora, afirmou que o governo está a procura de soluções para a vida dos moçambicanos.
A solução, segundo o presidente, pode não ser para o presente momento, todavia é preciso haver alternativa aos problemas de transporte que o país há muito está a atravessar.
O Chefe de Estado, que não assumiu nenhum interesse naquele modelo de transporte, disse que o executivo está a procura de uma variante para o país e quando as condições estiverem criadas verá qual das soluções a adoptar, podendo ser este ou outro modelo.
Questionado sobre até que ponto o país estaria preparado para acolher um serviço dotado de alta tecnologia, Nyusi disse não saber qual o advento tecnológico que, pelo seu nível avançado, não pode ser aplicado em Moçambique, porquanto possui terra suficiente por isso o mais importante é resolver o problema na sua profundidade e não em “medidas de emergência” que têm vindo a ser tomadas.
Aliás, no encontro que manteve com os mais de 20 empresários que integram a delegação, Nyusi disse que não deviam ser empresários de “mão estendida” e devem saber buscar parcerias e que o sector de transporte oferece oportunidades que podem ajudar a resolver o problema dos moçambicanos. (RM-Japao)