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Moçambique auto-suficiente na produção de açucar

25/07/2017 07:42
Moçambique auto-suficiente na produção de açucar

O Ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, disse que o país passará a ser auto-suficiente na produção de açúcar tanto bruto quanto refinado, suprindo, por conseguinte, as necessidades do mercado que eram preenchidas através das importações.

Tonela, que falava a margem da cerimónia de lançamento da primeira pedra para a construção de uma refinaria de açúcar branco, havida hoje na Açucareira de Xinavane, província meridional de Maputo, disse que o investimento na ordem de 2,5 mil milhões de meticais (cerca de 41 milhões de dólares) da “Tongaat Hulett” tornará o país livre da necessidade de importação.
A construção da refinaria de açúcar, com uma capacidade anual de 90 mil toneladas, deverá estar concluída em Outubro de 2018, e a mesma está preparada para atender a crescente necessidade do mercado nacional, nos próximos sete a 10 anos.
Neste momento, apenas a açucareira de Marromeu produz o açúcar refinado mas as quantidades produzidas, na ordem de 15 mil toneladas, não são suficientes para responder a demanda interna que, segundo Tonela, cifra as 55 mil, com um défice calculado em cerca de 40 mil que será suprido com a entrada em funcionamento desta unidade a partir de Outubro de 2018. 
“Neste quadro, a nova unidade de refinação do açúcar, com uma capacidade de 90 mil toneladas permitirá que o país deixe importar, a partir dos finais de 2018, o açúcar refinado e substituir as importações para a indústria no mercado moçambicano”, disse Tonela.
Aliás, em 2015, o governo estabeleceu uma barreira técnica que consistiu na elevação dos preços de referência do açúcar para resolver questões conjunturais que constituíam uma séria ameaça ao desenvolvimento do sector açucareiro nacional. 
Na altura, segundo Tonela, a medida adoptada consistiu na isenção das importações apenas para as indústrias alimentares que usam o refinado como matéria-prima com o compromisso de que logo que o país estivesse em condições de instalar haveria a substituição.
O compromisso acordado, na altura, com todos os grandes consumidores das indústrias tanto alimentar quanto de bebidas poderá ganhar corpo e forma com a concretização da refinaria cuja previsão da entrada em actividade é Outubro próximo.
O país tem uma capacidade instalada de produção de açúcar calculada em 500 mil toneladas e a Açucareira de Xinavane com 250 mil toneladas da sacarose castanha. Após a seca severa, o volume de produção baixou para 148 mil toneladas, mas a aposta para o ano em curso é atingir as 170 mil.
(AIM)