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Manica constrói onze regadios

27/05/2016 10:40
Manica constrói onze regadios

As autoridades moçambicanas investiram 95 milhões de meticais (cerca de 1,7 milhões de dólares ao câmbio corrente), nos últimos cinco anos, para construção de onze regadios, impulsionar a actividade agrícola e 

incrementar a produção em três distritos da província central de Manica.
Trata-se dos distritos de Báruè, Vanduzi e Sussundenga que já possuem os sistemas de rega beneficiando um universo de 350 produtores organizados em associações.
O programa tem o suporte financeiro do Banco Mundial e está ser implementado pelo Projecto de Desenvolvimento de Irrigação Sustentável (PROIRRI), cobrindo neste momento uma área calculada em 394 hectares. 
O coordenador do Projecto de Desenvolvimento de Irrigação Sustentável, em Manica, Leonardo Lucas, que facultou a informação a reportagem da AIM disse que os onze sistemas de irrigação estão a ser utilizados na produção de hortícolas e cereais nos distritos de Vanduzi, Báruè e Sussundenga. 
Os sistemas estão a estimular a produção agrária nestas três regiões consideradas estratégicas para prática agrícola.
“É um programa que iniciou em 2011 com término previsto para próximo ano. Numa primeira fase investimos na construção de sistemas de irrigação que estão a ajudar os camponeses a produzir mais comida”, disse Lucas. 
“Notamos que com estes sistemas os níveis de produção aumentaram. Em algumas áreas, os produtores conseguem colher mais do que aquilo que tinham antes de ter os regadios. Os resultados são animadores”, acrescentou. 
A fonte disse que actualmente decorre a construção de outros regadios em algumas regiões da província de Manica, com um potencial para irrigar 780 hectares. 
Referiu que desta área, 243 hectares serão irrigados a partir do próximo mês de Setembro, o que significa que os novos sistemas vão aumentar o número de produtores beneficiários.
Entretanto, há dias, uma missão do Banco Mundial visitou alguns campos de produção de alimentos na zona de Belas, distrito de Vanduzi para avaliar os níveis de aplicação dos fundos disponibilizados por aquela instituição multilateral de crédito. 
Na ocasião, o presidente da associação do Campo Nove, Isac Queface, congratulou-se com os ganhos conseguidos desde a introdução do projecto de irrigação naquela província. 
Queface disse que com apoio do Banco Mundial, a vida das famílias de muitos membros da associação mudou para o melhor, porque a produção é feita em grande escala, algo que se traduz numa maior receita para os produtores. 
“No passado, quando dependíamos da chuva produzíamos pouco. Hoje, colhemos em todas épocas do ano e a nossa renda aumentou. Quando vendemos conseguimos construir nossas casas, mandar nossos filhos a escola e comprar outros bens úteis para as famílias”, explicou Queface.