Imprensa

Mandantes e executores da caça furtiva devem ser responsabilizados criminalmente

13/05/2016 10:37

 O Chefe do Estado moçambicano, Filipe Nyusi, é pela intensificação do controlo e fiscalização nas reservas nacionais para se poder neutralizar e responsabilizar criminalmente os mandantes e executores da caça furtiva que está a delapidar os recursos faunísticos e florestais do país. 

Nyusi defendeu esta posição na conferência de imprensa que orientou esta Quarta-feira no distrito de Mecula, marcando o final da sua visita de trabalho de três dias a província nortenha de Niassa, avançado que só assim é que se pode desencorajar a acção dos malfeitores.
Dados em poder da AIM indicam que a Reserva do Niassa possuía aproximadamente 20 mil elefantes, número que reduziu para 12 mil, em 2012, e para quatro mil, em 2014.
“Temos que saber quem são os mandantes e executores e identificar o mercado onde estes produtos são colocados facto que implica colaborarmos com outros países”, disse Nyusi.
Para o efeito, o Governo está a trabalhar no fortalecimento da força de protecção de reservas que é paramilitar, dotando-a de equipamento e meios a altura, enquanto o sector de segurança estuda o que deve ser feito.
Graças a actuação da força de protecção que o número de carcaças de elefante na Reserva do Niassa tende a reduzir tanto é que no presente ano foram registados, até ao momento, 63 carcaças.
Ele avançou que na gestão sustentável dos recursos naturais, principalmente na Reserva de Mecula, a visita serviu para se ter uma imagem do que está a acontecer, remetendo a todos no combate as queimadas descontroladas e ao abate indiscriminado de árvores.
Sobre o balanço geral da sua visita, o Presidente Nyusi explicou que no novo modelo de governação procura-se saber o que cada administrador fez, tendo em conta que ele é o líder da equipe que executa o trabalho programado para cada uma destas unidades administrativas tidas como pólos de desenvolvimento.
“É preciso ir ao detalhe sobre a execução das actividades que Moçambique necessita para crescer, observando – se o princípio de austeridade”, disse o Presidente Nyusi.
Segundo Nyusi, existem coisas que devem acontecer um pouco por todo o país, onde o administrador deve saber qual é o orçamento que tem para realizar as actividades programadas.
No âmbito da produção, o Chefe do Estado moçambicano disse ter observado, com satisfação, que em todos os distritos que escalou foram exibidas feiras de produtos locais facto que testemunha que as pessoas estão a trabalhar, mas que é necessário produzir – se mais para o consumo e para a venda para a geração de renda.
Quanto a infra-estruturas, Nyusi disse que durante a interacção com as populações, estas não hesitaram em falar de estradas, linha férrea, energia, rede de abastecimento de água, escolas, hospitais, pontes, aumento de postos de trabalho e criação de condições de auto-emprego.
“A questão da paz e defesa da soberania focada pela população em todos os pontos por onde passamos nos encoraja porque isso prova que ninguém quer a guerra mas sim a paz e a unidade nacional”, afirmou Filipe Nyusi.