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Lançado programa de ensino à distância para 2º Ciclo

07/02/2017 07:40
Lançado programa de ensino à distância para 2º Ciclo

A Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), Conceita Sortane, lançou hoje, em Maputo, o Programa de Ensino à Distância para o Segundo Ciclo (PESD2), sublinhando que o programa possibilita o estudante a tornar-se mais autónomo e independente durante o processo de ensino e aprendizagem.

Trata-se de um projecto cuja fase piloto vai abranger 14 distritos em pelo menos sete províncias do país. O projecto é destinado a jovens e adultos e visa dar oportunidade de continuação de estudos a graduados da 10ª classe.
Durante a cerimónia de lançamento que decorreu no Instituto de Educação Aberta e à Distância (IEDA), em Maputo, Sortane falou da importância deste modelo de ensino, destacando que o instrumento vai igualmente munir os estudantes de conhecimentos a altura de darem o devido contributo no combate a pobreza em Moçambique.
“O sucesso de quem faz o ensino à distância depende da sua entrega, do seu empenho e, sobretudo, da sua disciplina. Nós queremos que todos os alunos do ensino à distância tenham sucesso”, disse a ministra.
Para garantir melhor qualidade durante o processo de ensino e aprendizagem, a Ministra acrescentou que o MINEDH está munido de materiais de auto – instrução de alta qualidade, de núcleos pedagógicos e tutores que devem ser consultados, como último recurso. 
Além disso, o Ministério possui, igualmente, centros provinciais de ensino à distância, onde “trabalham profissionais competentes para darem todo o tipo de assistência aos estudantes”.
Sortane disse que a introdução do PESD2 visa, por um lado, permitir que jovens e adultos que por algum motivo não consigam frequentar a escola no período do dia definido pelo MINEDH possam prosseguir com os estudos sem interferir com outras actividades que eventualmente queiram realizar.
Na ocasião, ela garantiu que o PESD “respeita os princípios e fundamentos do Plano Curricular do Ensino Secundário do 2º Ciclo, incluindo todos os aspectos concernentes a todos os elementos curriculares, diferindo apenas nos meios de oferta e desenvolvimento do ensino que obedecem à metodologia de educação à distância.”
A ministra disse que o ensino à distância constitui uma grande aposta do governo visto que é um instrumento importante e valioso, através do qual o Plano Estratégico da Educação se concretiza, assim como o Programa Quinquenal do Governo (2015-2019),
Em 2004 foi lançado o Programa do Ensino Secundário à Distância do 1º Ciclo (PESD1) na província de Nampula, tendo - se expandido em 2008 para as restantes províncias acolhendo um total de 7.260 alunos.
“Apraz-nos registar que o Ensino Secundário à Distância do 1º ciclo é uma realidade em todas as províncias do país, abrangendo, actualmente, uma população de pouco mais de 32.400 alunos dos quais 15.990 são mulheres.”
Até ao presente momento, de acordo com a Ministra, o país graduou um total de 11.249 estudantes do PESD1, dos quais 6.039 são mulheres.
Para a Ministra, o IEDA vai ajudar estudantes a dar passos importantes em direcção aos objectivos supramencionados. 
Segundo Sortane, a provisão do ensino secundário à distância reveste-se de particular importância para o sistema educativo moçambicano. “Para além de atender aos alunos em idade escolar, este sistema atende, igualmente, os outros jovens e adultos que por razões diversas não podem frequentar o ensino presencial.” 
Acrescentou que o governo encara a educação como uma arma fundamental no processo de luta contra a pobreza, batalha para a qual todos são convidados a tomar parte independentemente da crença religiosa ou filiação partidária. 
“Enquanto fazemos o esforço de garantir que a escola seja um lugar seguro e feliz para todos, livre de abuso sexual, de casamentos prematuros e gravidezes precoces, para todos os que a frequentaram, incluindo as crianças com necessidade educativas especiais, o ensino à distância visa passar a mensagem de que não é apenas no recinto escolar onde se deve aprender.” 
Disse que o governo está a criar condições para que todo o moçambicano possa estudar onde estiver, onde quiser e quando quiser sem constrangimento de horários. 
(AIM)