INAE encerra fábricas e duas lojas em Gaza
A Inspecção das Actividades Económicas (INAE) na província meridional moçambicana de Gaza encerrou, esta segunda-feira, duas empresas vocacionadas à produção de óleo alimentar, licores, e igual número de estabelecimentos comerciais devido ao cometimento de diversas irregularidades.
Trata-se da Indústria de Gaza, produtora de óleo alimentar, e a Gaza Licores, de vinhos, ambas sediadas na cidade de Xai-Xai, capital provincial, e duas lojas de venda de alimentos localizadas no distrito de Chibuto.
Na primeira fábrica, segundo escreve hoje o Notícias, a INAE constatou a falta de condições de higiene no local de processamento de óleo, que era feito de forma manual, para além de acumulação de lixo, garrafas partidas no local de lavagem de embalagens e depósitos de óleo expostos a céu aberto no recinto da indústria.
Este cenário é agravado pela inexistência de vestiários para trabalhadores, 10 dos quais encontrados a trabalhar sem uniforme.
Como medidas imediatas, a INAE suspendeu o estabelecimento, que só vai voltar a funcionar quando melhorar as condições de higiene e processamento, tendo, igualmente, confiscado mais de 1300 caixas de óleo da marca Santa Clara e Chap-Chap, para além de cinco depósitos de 4 500 litros, de 3300 litros, de 500 litros e de 600 litros, todos contendo óleo.
Já na fábrica Gaza Licores, a inspecção também identificou condições deficitárias de higiene no local de produção e a presença de material obsoleto, para além de 11 trabalhadores com uniforme incompleto e três sem uniforme.
Paralelamente a estas actividades, a inspecção encerrou dois estabelecimentos no distrito de Chibuto, na semana passada. No primeiro foram encontrados vários produtos fora de prazo e atropelos às regras básicas de higiene, uma vez que o local estava infestado de baratas, ratos e animais de estimação.
Na segunda unidade comercial foram encontrados 30 sacos de milho deteriorado. Fazendo o rescaldo destas actividades, o delegado da INAE em Gaza, Gabriel Chongo, alertou aos agentes económicos da província a cumprirem escrupulosamente com as normas que regem a actividade.
Estas irregularidades não nos agradam e por isso apelamos aos agentes económicos na província de Gaza a providenciar uma quadra festiva tranquila à população. Nós, como INAE, seremos implacáveis a toda acção resultante de trocas comerciais que prejudiquem o consumidor e a saúde pública em geral, disse ele, citado pelo jornal.