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Guerra é tudo que não queremos

16/09/2016 08:01
Guerra é tudo que não queremos

O Presidente da República, Filipe Nyusi, reitera que a democracia só se torna efectiva e profícua quando regida por um forte Estado de direito e que fora desse quadro pode se traduzir numa ditadura ou anarquia.

Nyusi falava hoje no Instituto Internacional Republicano, em Washington, numa audiência constituída por oficiais do governo, influentes homens de negócios e representantes de organizações da sociedade civil norte-americana no segundo dia da visita de trabalho de quatro dias aos Estados Unidos da América (EUA).
Na sua intervenção, Nyusi sublinhou que em democracia os conflitos devem ser resolvidos de forma pacífica e através do diálogo e nunca por recurso a violência, numa alusão a Renamo que procura o poder pela força das armas.
“A guerra é tudo que não queremos. Precisamos de paz para nos consolidarmos como país de esperança, progresso e prosperidade”, disse 
Vincando que a paz e é um desejo ardente dos povos, em geral, e do povo moçambicano, em particular, Nyusi manifestou a esperança de sair mais fortalecido da audiência para construir consensos que enriqueçam a democracia no país.
“A visita torna-se mais pertinente no momento em que o povo moçambicano clama pela paz”, disse Nyusi, sublinhando que é dever primordial do Governo resgatar a paz no quadro do ordenamento jurídico plasmado na Constituição.
O novo ciclo de governação do Presidente Nyusi é pela abertura ao diálogo com todas as forcas vivas da sociedade. No país está em curso o diálogo político entre o Governo e Renamo com vista a uma paz efectiva.
Explicou que a inclusão não significa incluir moçambicanos de outras forças políticas na governação, ela precisa ter em conta sensibilidades de todos os segmentos da sociedade moçambicana. “Significa criar oportunidades e justiça social para todos”, disse.
Nyusi enalteceu o excelente trabalho que o Instituto tem desenvolvido na promoção da cultura democrática no mundo precisamente por se tratar de uma instituição que encoraja a democracia onde ela não existe, ajuda a torna-la efectiva onde ela está em perigo.
Segundo Nyusi, o apoio do Instituto Internacional Republicano é de estrema importância para a paz em Moçambique para que investimentos norte-americanos e de outros países possam fluir e ajudar o desenvolvimento do país e bem-estar dos moçambicanos.
Durante a audiência com oficiais do governo, empresários e membros da sociedade civil foram partilhadas experiências de práticas democráticas no mundo, em particular em Moçambique.
A nível econômico, Nyusi disse que o país aposta na produtividade e competitividade da economia, promoção de emprego, atracção de investimento, provisão de serviços básicos até às zonas rurais, entre outras acções.
Peter Ham, falando em representação do presidente do Instituto Internacional Republicano, fez um breve historial do país que durante muitos anos foi exemplo de sucesso de reconciliação e manutenção da paz, hoje beliscada pelas hostilidades da Renamo.
(AIM)