Governo renova aposta na maximização dos benefícios do mar

Mondlane, que discursava hoje na abertura da 1ª Reunião sobre o ODS 14 e de Socialização da Iniciativa do Canal de Norte de Moçambique, em Maputo, disse que o país precisa firmar o seu compromisso para o oceano, berço da vida, questionar que oceano é que o país pretende ter até 2030.
Segundo o titular da pasta do mar, os 17 ODS são universais e interligados, mas o Objectivo 14 está ligado à vida subaquática, e procura atingir a “conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e o desenvolvimento sustentável dos recursos marinhos”.
“Todas as nossas actividades devem contribuir para a melhoria da saúde do oceano. O que podemos fazer em prol do nosso oceano?”, questionou o ministro, ressaltando a importância de identificar actividades que podem ser desenvolvidas no sentido de salvaguardar o oceano para as gerações vindouras.
A título de exemplo, o ministro apontou a poluição marinha; ecossistemas marinhos e costeiros; acidificação do oceano; a sobre-pesca e pesca ilegal; subsídios prejudiciais às pescas como parte dos 10 objectivos que fazem parte do 14/o ODS.
Mondlane disse, por outro lado, que o mar é actualmente dominado por vários interesses, entre eles o turismo, pesca, navegação, petróleo e gás assim como a mineração.
O país assume uma posição geoestratégica, partilhando o Canal de Moçambique, importante rota de navegação marítima por onde transita dois terços da economia nacional, rota do atum tropical e berço de uma invejável biodiversidade, em particular a norte do Canal de Moçambique. 
Por seu turno, o Encarregado de Negócios da Embaixada da Suécia no país, Mikael Elofsson, disse que no país a costa marítima, o mar e o oceano oferecem inúmeras oportunidades de investimento para o desenvolvimento do turismo, pesca, da indústria extractiva, de hidrocarbonetos entre outros.
Mas, por outro lado, coloca, segundo Elofsson, vários desafios ao governo, de modo a garantir que os investimentos sejam feitos de forma sustentável e promovam o desenvolvimento das comunidades locais mais empobrecidas.
“Os oceanos são de importância vital para a sobrevivência de todo o planeta. Eles são uma fonte crucial de proteínas para as pessoas mais pobres do mundo. A falha ao salvar os oceanos levará a uma generalizada insegurança global”, acrescentou a fonte.
A expectativa da Suécia, co-financiador do encontro com a WWF, é ver identificadas na reunião diferentes oportunidades de financiamento global, regional e nacional com vista a implementar as acções em resposta aos compromissos a serem apresentados na conferência de Junho próximo, em Nova Iorque.
O encontro de dois dias, junta, na capital moçambicana, para além de quadros do MIMAIP, os técnicos de outros ministérios, os parceiros de cooperação na qualidade de financiadores do evento.
(AIM)