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Governo reavalia metas de crescimento

31/03/2016 10:06
Governo reavalia metas de crescimento

O Governo moçambicano está a reavaliar as metas de crescimento para 2016, tendo em conta a ocorrência superveniente de vários fenómenos dentro e fora do país, que de alguma maneira têm impacto nas previsões inscritas no Plano Económico e Social.

Segundo o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, entre tais fenómenos destacam-se, internamente, as chuvas intensas no Norte e seca no Sul e a tensão político-militar e, a nível internacional, a conjuntura económica pouco favorável.

Falando a jornalistas à margem do I Conselho Coordenador do Ministério da Economia e Finanças, a decorrer desde ontem na cidade da Matola, província de Maputo,  Maleiane explicou que a área da agricultura, por sinal um dos sectores com peso considerável no Produto Interno Bruto (PIB), foi seriamente afectada pela seca e cheias.

“Neste momento estamos a reavaliar os dados, tendo em conta que na área da agricultura, que é a mais afectada, teremos de ver qual será o comportamento da segunda época e brevemente vamos apresentar uma posição definitiva”, disse.

O Plano Económico e Social prevê um crescimento do PIB de 7 por cento, sustentado pelo desempenho positivo previsto nos sectores da Agricultura (6,5%), Electricidade e Gás (7,7%), Construção (7,9%), Comércio (8,0%), Indústria Extractiva (10,0%), Transportes (5,8%), Educação (8,0%), Saúde (7,5%), Pescas (4,8%) e sector financeiro (8,2%). Espera-se igualmente para 2016 que a meta da inflação média anual seja de 5,6%.

“É perceptível que o crescimento do PIB de 7 por cento seja muito difícil, mas eu não queria lançar agora os números antes de terminar o trabalho que estamos a fazer de reavaliação de todos os elementos que serviram de base na planificação, mas definitivamente não está afastada a hipótese de revermos em baixa o crescimento proposto”, disse.

Entretanto, intervindo na cerimónia de abertura do Conselho Coordenador, Adriano Maleiane disse tratar-se de um evento cujo objectivo principal é realizar o balanço das actividades programadas para o ano de 2015 e revisitar as acções previstas para o ano em curso e que se reveste de carácter especial, por ser o primeiro do Ministério da Economia e Finanças.

“O ano de 2015 inaugurou o novo ciclo governativo do quinquénio 2015-2019, cuja organização funcional determinou a criação, pelo Decreto Presidencial n.º 1/2015, de 16 de Janeiro, do Ministério da Economia e Finanças, com o mandato de coordenar a actividade económica do Governo e orientar a formulação de políticas de desenvolvimento económico e social, coordenar o processo de planificação e superintender a gestão das finanças públicas”, disse.

Participam no evento, a decorrer até amanhã, quadros do ministério a nível central, provincial e outros convidados de honra, como o governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, e o presidente do Conselho Municipal da Matola, Calisto Cossa.

Fonte: Jornal Notícias