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Governo pretende estimular associativismo na mineração artesanal

05/07/2017 07:26
Governo pretende estimular associativismo na mineração artesanal

A grande prevalência de garimpeiros em todo o território moçambicano, que exercem a sua actividade de forma precária e perigosa, preocupa sobremaneira o Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) que está a trabalhar no sentido de estimular a formação de cooperativas de mineradores artesanais.

A informação foi avançada há dias pela titular do pelouro, Letícia Klemens, que visitou a província de Cabo Delgado com objectivo de acompanhar a implementação do Plano Económico e Social de 2017 e dialogar com os detentores de títulos mineiros e de licenças de comercialização de minerais.
Segundo Klemens, urge olhar para o garimpo como uma actividade geradora de renda e que quando bem organizada pode criar benefícios maiores para os seus promotores, suas famílias e comunidades onde estão inseridas.
“Os garimpeiros trabalham de forma muito precária, em condições péssimas. Se estiverem organizados até podem ter áreas designadas e passarem a ser reconhecidos pelo Estado”, disse a ministra, citada por um comunicado de imprensa enviado à Redacção da AIM.
“Para isso, estamos a trabalhar para que eles estejam organizados em cooperativas mineiras. Melhor organizados sairemos todos a ganhar. Organizados poderão ver melhoradas as condições de trabalho. Estamos a olhar também para questões de segurança. Mesmo para prováveis apoios é preciso que estejam organizados”, acrescentou. 
No distrito de Balama, província de Cabo Delgado, Letícia Klemens visitou a Twigg Exploration and Mining um empreendimento de exploração de grafite, ainda em construção.
A mina é bem conhecida pelos seus enormes depósitos e qualidade do minério. Na sua fase operacional a mina terá capacidade anual de dois milhões de toneladas, com um potencial para se tornar na maior planta de processamento de grafite do mundo.
Na actual fase de desenvolvimento, a mina emprega dois mil trabalhadores dos quais 92 por cento moçambicanos. O início da produção está previsto para o presente semestre.
Esta mina vai juntar-se a uma outra de processamento de grafite de Ancuabe, reinaugurada no dia 28 de Junho pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, depois de paralisação de 18 anos. 
A capacidade produtiva da mina e da planta de processamento foi ampliada de seis para nove mil toneladas anuais, depois de um investimento de 12 milhões de euros para os trabalhos de reabilitação e aquisição de equipamento. 
(AIM)