Governo investe 40 milhões USD em reflorestamento
O Governo deverá investir um total de 40 milhões de dólares para dar continuidade a programas de reflorestamento. O valor subdivide-se em quatro projectos, sendo dois em forma de donativo e outros em crédito.
Falando em conferência de imprensa, hoje em Maputo, momentos após o término da 21ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, a porta-voz, Ana Comoana, disse que o financiamento deverá orientar-se sobretudo pelo programa de investimento florestal.
Comoana indicou que os acordos de financiamento foram celebrados entre o Governo e o Banco Mundial, através da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, sigla em inglês), em Maio último.
Todos eles (acordos) são destinados a promoção e financiamento de projectos no domínio de terras e florestas, afirmou Comoana, que é vice-ministra da Cultura e Turismo.
Além da exploração e comercialização insustentável da madeira, o programa de reflorestamento aponta como prioridade o combate ao desmatamento.
Comoana disse que cerca de 22 milhões de dólares destinam-se ao Fundo Estratégico do Clima, enquanto o remanescente para projectos de investimento florestal.
Aliás, os projectos deverão ainda fomentar um ambiente favorável, bem como melhorar a gestão das florestas do país, promovendo o desenvolvimento rural.
Num outro desenvolvimento, a governante afirmou que o Governo aprovou ainda acordos de donativos e de crédito rubricados com o Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD).
Avaliados em cerca de 72 milhões de dólares, o valor destina-se a financiamento da primeira fase do projecto de estrada Mueda - Negomano, na província setentrional de Cabo-Delgado, um troço de cerca de 100 quilómetros.
A governante reconheceu a importância da via, sublinhando a sua localização, no norte de Cabo-Delgado, junto da ponte da Unidade Nacional, infra-estrutura que liga Moçambique e Tanzânia. Ė uma estrada estratégica, tendo em conta a sua ligação com a ponte da Unidade Nacional
Ainda na sessão de hoje, segundo a vice-ministra, o conselho de ministros congratulou o facto de Moçambique ter registado um desempenho favorável no concernente ao cumprimento das metas de Declaração de Malabo, da União Africana, sobre a agricultura.
Explicou que o país cumpriu com as metas na ordem de 35 por cento, acima do exigido pela Declaração (20 por cento).
A Declaração de Malabo, rubricada pelos Chefes de Estado e de Governo da África e da América do Sul, reunidos em Malabo, capital da Guiné Equatorial, em Fevereiro de 2013, estabelece que os governos devem dar maior primazia a agricultura para o crescimento da economia dos seus países.
(AIM)