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Governo insta sector privado a prestar serviços às empresas petrolíferas

20/10/2017 09:36
Governo insta sector privado a prestar serviços às empresas petrolíferas

O governo moçambicano apelou hoje o sector privado a desenvolver capacidades para prestar serviços às empresas petrolíferas que operam que operam no país.

Falando na abertura da 4ª edição da Cimeira de Gás de Moçambique, vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, Augusto Fernando, disse ser necessário formar os moçambicanos para liderarem as várias frentes dos projectos de gás e cooperarem com as concessionárias petrolíferas.

A cimeira, que decorre em Maputo até sexta-feira, realiza-se sob o lema “Atrair Investimento e Negócios em Moçambique”.
Para o vice-ministro, as oportunidades devem ser criadas não só nas actividades petrolíferas, mas principalmente na implantação de uma indústria química e de outras com uso intensivo de gás natural.
O gás natural que iremos produzir deve constituir uma arma fundamental para o real desenvolvimento de Moçambique através da formação e capacitação de capital humano”, vincou o governante, para quem este constitui uma mais-valia, na criação do emprego, bem como nas oportunidades de negócio para pequenas e médias empresas nacionais, durante o processo de implementação e na fase de operação comercial dos projectos petrolíferos.
Aliás, o Ministro citou a importância dos memorandos de entendimento recentemente rubricados pelo Governo e parceiros estratégicos, como devendo catapultar a produção de combustíveis, fertilizantes e de energia.
Segundo Fernando, a produção de combustíveis permitirá reduzir a sua importação, concorrendo assim para exposição do país aos preços dos mercados internacionais.
Sobre os fertilizantes, o vice-ministro apontou que estes deverão dinamizar a agricultura, enquanto a energia vai incrementar o desenvolvimento da região setentrional do país, que “tem um grande défice de energia”.
Reconheceu a contribuição do sector energético do país na região austral de África, apelando a sua utilização racional.
Aliás, 70 por cento de energia produzida actualmente Moçambique é hídrica e o remanescente provém de hidrocarbonetos.
No âmbito da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, sigla em inglês), para além das estratégias energéticas nacionais, é necessário ter uma visão global regional sobre os recursos energéticos existentes e os que devem ser utilizados de forma racional”, disse.
Por seu turno, o vice-presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Álvaro Massinga, informou que a agremiação lançou, em Setembro último, o Gabinete de Apoio Empresarial (GAE) que visa apoiar as empresas moçambicanas em matérias relacionadas ao fornecimento de bens e serviços às grandes indústrias, sobretudo a extractiva.
Falando na mesma cerimónia, Massinga disse acreditar que com a intervenção das empresas moçambicanas na prestação de serviços, o cenário actual deverá se inverter.
Acreditamos que com esta intervenção se vai inverter o cenário actual de fornecedores nesta indústria, pautado pelo fraco acesso das empresas nacionais, criando, acima de tudo, condições aos nacionais para beneficiarem das oportunidades de negócio imediatos e futuros”, acrescentou. 
Participam do evento, além de empresas moçambicanas do sector energético, outras internacionais do mesmo sector.
(AIM)