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Governo estuda possibilidades de revitalização da Textáfrica

11/04/2016 12:50
Governo estuda possibilidades de revitalização da Textáfrica

Estudos estão em curso visando o retorno da produção de tecidos na capital provincial de Manica, centro de Moçambique, fazendo o aproveitamento das instalações da referida firma, que se encontram em degradação cada vez mais progressiva.

Falando num encontro na cidade de Chimoio, destinado a medir o estágio de desenvolvimento da região, o governador Alberto Mondlane, citado hoje pelo “Diário de Moçambique”, disse estar a ser idealizado, ao nível do Governo Central, o ressurgimento da produção têxtil naquela parcela do país, mas não avançou o ponto em que a iniciativa se encontra, sublinhando ser ainda prematuro. 
Não fundamentou os procedimentos concernentes à revitalização daquela que foi a maior fábrica têxtil do país, cujas infra-estruturas passaram para simples deslumbramento, tendo em conta que o grupo português continua a deter a maioria das acções. O Estado não raras vezes pediu para que se posicionasse como accionista maioritário, quando se evidenciavam sinais de falência. 
Pretendia-se encontrar um destino adequado, mas tais propostas do Estado moçambicano foram em vão. Não surtiram efeitos desejados, dando azo a perda de mais de três mil postos de trabalho, com a massa laboral a beneficiar-se de indemnizações de forma deficiente, chegando a ser-lhe atribuídas residências da empresa, no chamado bairro da SOALPO, em compensação. 
Esta foi a alternativa encontrada apenas para compensar trabalhadores que já ocupavam as residências, assim que dificuldades persistiam na conclusão das tranches, o que muitas vezes ditou amotinações de trabalhadores em ruas e edifícios públicos ligados ao Ministério do Trabalho, em Chimoio. 
Entretanto, segundo o jornal, o governador da província de Manica foi cauteloso ao anunciar a necessidade de não se alimentar tanta ansiedade quanto ao projecto ainda na fase embrionária, remetendo detalhes ao próprio andamento. 
Também falou da importância da capitalização da produção do algodão, matéria-prima para a produção do tecido, não obstante a existência, na região, duma fábrica de processamento desta cultura de rendimento, que possui mais de cinco anos de vida. 
Com a paralisação de duas fábricas de tecidos, nomeadamente a Textáfrica e a Empresa Moçambicana de Malhas (EMMA), também do mesmo grupo português, a cultura do algodão conheceu uma relativa redução naquela parcela do país. 
Os produtores do sector familiar, únicos neste ramo agrícola, embora com inúmeras limitações, procuram alimentar a indústria processadora implantada no distrito de Guro, Norte da província de Manica. 
(AIM)