Imprensa

Governo aposta no sistema de silos para aumentar RESE

12/09/2016 11:20
Governo aposta no sistema de silos para aumentar RESE

O Governo Moçambicano tem estado a trabalhar com vários parceiros do sector privado dotados de condições e recursos para catalisar o aproveitamento do sistema de silos e, desta feita, auxiliar o país a criar uma reserva alimentar, bem como para a abertura de mais indústrias “a jusante”. O sistema de silos resulta de investimentos que, há alguns anos, o Estado tem vindo a realizar no quadro do 

plano integrado de comercialização agrícola, com o objectivo de criar condições de armazenamento de diversos produtos alimentares.

O sistema de silos resulta de investimentos que, há alguns anos, o Estado tem vindo a realizar no quadro do plano integrado de comercialização agrícola, com o objectivo de criar condições de armazenamento de diversos produtos alimentares.
Não obstante os esforços até aqui empreendidos, o Ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, lamenta o que considera subaproveitamento dos activos, alguns com problemas desde a sua construção e outros com níveis de aproveitamento abaixo de 50 por cento.
Tonela, que falava momento após o encerramento sábado do XIV Conselho Coordenador do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), havido em Maputo, disse que o encontro de três dias abriu espaço para o envolvimento do sector privado e outras entidades interessadas na gestão dos silos. 
O país conta actualmente com seis complexos de silos nas províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula (norte), Zambézia, Tete e Sofala (centro), cuja capacidade de armazenamento ronda as 70 mil toneladas de várias culturas de rendimento.
Segundo a fonte, a comercialização agrícola exige a conclusão, com urgência, da reflexão em relação a forma de actuação do Instituto de Cereais de Moçambique (ICM) que deverá incluir outro tipo de abordagem e, para o efeito, está prevista a sua reestruturação ainda no decurso do corrente ano. 
Após a sua criação em 1994, na sequência da extinção da AGRICOM, o ICM mantinha o papel interventivo directo no processo de comercialização de cereais, mas desde 2006 esse papel foi retirado ficando somente o papel de monitoria intervindo como agente de recurso em situações pontuais.
No entanto, Tonela disse haver ainda grandes desafios no processo de comercialização que se traduzem no facto de nas maiores zonas de comercialização haver grandes desafios logísticos, porque há excesso de produção que muitas vezes é exportado e nas zonas de maior consumo, como é o caso de Maputo, a provisão é assegurada pela importação a partir das Américas.
“São desafios que têm de ser resolvidos visando impulsionar o aumento da produção e produtividade e neste quadro sentimos que há necessidade de haver uma reestruturação do ICM, produzindo e tornando mais dinâmica a sua actividade, estando mais presente em zonas de maior produção, encerrar algumas delegações em zonas onde não se justifica entre outras medidas”, explicou o ministro.
Apesar de haver intervenções na comercialização dos excedentes, ainda existem enormes quantidades de produtos que ficam nas mãos dos agricultores e acabam se perdendo por falta de mercado. 
(AIM)