FIPAG introduz sistema de agua pré-paga em Nampula

Com efeito, um total de 100 aparelhos serão instalados em igual número de instalações, no âmbito de um projecto-piloto que visa aferir a fiabilidade e outras vantagens do sistema.
Elídio Cossa, director regional norte do FIPAG, em declarações ao jornal “Notícias”, avançou que o sistema pré-pago de consumo de água potável será instalado, nesta fase-piloto do projecto, nas zonas da cidade onde a água é fornecida com alguma normalidade e pressão.
A redução de perdas na facturação, conflitos com os clientes em torno do valor facturado e melhoria na qualidade do serviço prestado para pagamento dos consumos mensais, que é caracterizado pela formação de filas longas junto aos seus balcões, são algumas das vantagens que o FIPAG vai tirar da adopção do sistema pré-pago de abastecimento de água.
Cossa precisou que a expansão do sistema pré-pago de consumo de água potável na cidade vai depender de vários factores como o aumento do período de abastecimento aos clientes e o impacto dos resultados da adopção daquele serviço.
O FIPAG em Nampula concluiu, recentemente, o censo que realizou em parceria com a SNV, uma organização não-governamental holandesa, para apurar o número real de clientes da empresa e suas necessidades em termos de abastecimento de água. 
Os resultados apontam para cerca de 31 mil clientes, entre domésticos, comerciais e industriais.
Adicionalmente, o censo permitiu detectar 708 anomalias consubstanciadas na violação da rede de abastecimento e ligações ilegais e 811 clientes que não recebiam facturas de consumo mensal com regularidade. 
Segundo Elidio Cossa, parte destas situações acontecia com conivência de dez colaboradores da empresa, dos quais oito acabaram despedidos.
Segundo ele, o FIPAG em Nampula regista prejuízos estimados em 12 mil metros cúbicos de água por mês e cerca de dois milhões de metros cúbicos por ano.
Na cidade de Nampula estimam-se em cerca de 31 mil os clientes do FIPAG em situação regular.
O director regional norte do FIPAG revelou ainda que a sua empresa está a investir 25 milhões de meticais do Orçamento do Estado para reforçar a rede de abastecimento de água aos bairros residenciais de Natikiri, Muatala e Mpuecha, que registam neste momento uma expansão demográfica acelerada.
Naqueles bairros residenciais, a oferta de água da rede urbana e' feita uma vez por semana, situação que se agrava quando as restrições no abastecimento são mais acentuadas e determinadas pelo abaixamento do nível de reserva da albufeira.