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Experiência de países parceiros pode inspirar no combate ao cancro

14/09/2016 08:16
Experiência de países parceiros pode inspirar no combate ao cancro

A Primeira-Dama da República, Isaura Nyusi, classificou a experiência de países parceiros como o Brasil e os Estados Unidos da América como fonte de inspiração e um desafio para as futuras estratégias de diagnóstico precoce dos vários tipos de cancro, que afectam milhares de moçambicanos.

Através das experiências dos países parceiros, Moçambique pretende fortalecer e consolidar a coordenação de esforços entre os diferentes profissionais da saúde no país, ligados à prática clínica e a pesquisa”, disse a Primeira-Dama na palestra havida hoje, em Maputo, subordinada ao tema “Prevenção do Cancro com Unidades Móveis – A Experiência do Hospital de Câncer de Barretos, Brasil”.
Segundo a “mãe da nação moçambicana”, como é carinhosamente tratada, o país regista um aumento de casos do cancro, particularmente do cancro do colo do útero e da mama na mulher, bem como o cancro da próstata e sarcoma de Kapose no homem, leucemias e sarcoma de Kapose nas crianças.
“Esta situação é agravada pela epidemia do HIV/SIDA, que afecta 11.5 por cento da população adulta e propicia o desenvolvimento e agravamento de alguns cancros”, explicou Isaura Nyusi.
O cancro do colo do útero e o da mama constituem uma das grandes preocupações de saúde na mulher em Moçambique, mas com vista a ultrapassar a situação, o governo, segundo Nyusi, tem levado a cabo várias acções.
A primeira-dama apontou, a título de exemplo, a realização do estudo piloto da demonstração da aceitabilidade da vacina do Papanicolau (HPV) em três províncias do país; a expansão para mais unidades sanitárias da técnica para detecção precoce e tratamento das lesões, precursoras do cancro do colo do útero.
O lançamento de diversas campanhas, a nível nacional e global, para o fim do cancro do colo do útero figura entre as medidas em curso visando ultrapassar a situação que o país atravessa em relação a doença.
Na ocasião, a esposa do Presidente da República disse que o país privilegia a abordagem multidisciplinar para a melhoria da capacidade institucional de resposta ao cancro, para a qual conta com o apoio instituições que, desde 2015, têm providenciado capacitação técnica mensal, às equipas moçambicanas, através de videoconferências e visitas técnicas, que incluem a participação em programas curriculares em Maputo.
Não obstante as diversas iniciativas que, implementadas em todos os cantos do mundo, têm contribuído para salvar vidas, o país, segundo Nyusi, enfrenta desafios como o reforço o do sistema nacional de saúde para alargar a abrangência geográfica e populacional.
No leque dos desafios figura a necessidade de mobilizar mais recursos, para reforçar o diagnóstico e tratamento precoce do cancro, para evitar as mortes que podem preveníveis; assim como a necessidade de mobilizar as famílias a reduzir o estigma, tabus e a discriminação.
A palestra, havida no espaço da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), juntou docentes, quadros do governo, investigadores e diversos quadros do sector da saúde, médicos e estudantes.
(AIM)