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Estabelecido acordo trilateral para travar malária e cólera

10/05/2017 14:51
Estabelecido acordo trilateral para travar malária e cólera

Os Ministros da Saúde de Moçambique, Malawi e do Zimbabwe comprometeram-se a desenhar e implementar uma resposta compreensiva e coordenada ao logo das suas fronteiras, com o objectivo de travar a transmissão da cólera e da malária nos três países.

Para o feito, a Ministra da Saúde de Moçambique, Nazira Abdula, o homólogo do Zimbabwe, David Parirenyatwa, e o Embaixador do Malawi em Moçambique, Frank Viyazhi, em representação do titular do pelouro, rubricaram o acodo no final da reunião transfronteiriça recentemente havida em Tete. 
Na reunião, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), destaca-se a necessidade de melhorar a gestão das emergências de saúde pública com enfoque na cólera e malária no contexto transfronteiriço dos três países; reverter a situação epidemiológica nos distritos fronteiriços.
Ainda no quadro do encontro, os países comprometem-se a desenvolver recomendações para reforçar a vigilância epidemiológica e a resposta a doenças prioritárias endémicas nas zonas fronteiriças, segundo um comunicado de imprensa da OMS recebido pela AIM.
A malária e as doenças diarreicas, incluindo a cólera, constituem um grande problema de saúde pública na região. Desde Janeiro, os três países já reportaram colectivamente mais de quatro milhões de casos da doença com 949 óbitos. A cólera originou acima de dois mil casos com sete mortes. A febre tifóide provocou 13. 016 episódios e com um saldo de cinco óbitos.
A grande movimentação de pessoas nas fronteiras, por motivos socioeconómicas, a situação epidemiológica da malária e das doenças diarreicas incluindo a cólera, e outras patologias transmissíveis, tem vindo a registar um agravamento significativo.
Desta feita, os três países devem desenvolver uma agenda transfronteiriça coordenada de pesquisa com vista a suprir lacunas de conhecimento, melhorar a selecção e a priorização das intervenções e para identificar estratégias inovadoras capazes de melhorar a situação epidemiológica nos três países. 
Os três países comprometeram-se também a estabelecer um Grupo de Trabalho e desenvolver os procedimentos padrões para a vigilância comunitária e a vigilância epidemiológica institucional, assim como criar um mecanismo de partilha de dados entre os mesmos.
Por seu turno, a representante da OMS no país, Djamila Cabral, lançou um apelo no sentido de haver uma maior coordenação e colaboração inter-sectorial, assim como a implementação de acções conjuntas, para garantir a obtenção de resultados positivos, no sentido do alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Para além dos titulares da pasta da saúde, participaram também quadros dos ministérios da saúde e da OMS dos três países, assim como representantes dos outros parceiros.
(AIM)