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Ensino Superior: Nyusi exige equilíbrio na atribuição de bolsas

04/08/2017 11:42
Ensino Superior: Nyusi exige equilíbrio na atribuição de bolsas

O Presidente da República, Filipe Nyusi, exige maior clareza nos critérios de atribuição de bolsas de estudos aos estudantes do Ensino Superior, de modo a assegurar o equilíbrio e a unidade nacional.

Nyusi diz que o processo de atribuição de bolsas não observa as áreas relevantes que a médio e longo prazos poderão contribuir de forma significativa para o desenvolvimento do país, o caso da medicina, agricultura e turismo.

O chefe do Estado disse estar triste por ter constatado, numa das suas últimas visitas (as quais não revelou onde), que mais de 80 por cento dos estudantes bolseiros são da mesma escola, facto que é agravado por serem áreas que não constituem maior interesse que promova avanços para o país.
Nyusi manifestou a preocupação no fim da visita efectuada Quarta-feira, ao Ministério da Ciência e Tecnologias, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP) e outras instituições tuteladas por este pelouro, incluindo o Instituto de Bolsas de Estudo.
“Não pensem que isso cria tribalismo. Não é este o assunto que queremos resolver porque as pessoas nascem onde nascem e podem crescer em outros locais. Por isso, as bolsas devem ser programadas não devem ser atribuídas aleatoriamente porque têm custos e ainda formam áreas que não nos interessam”, apelou o Chefe de Estado.
Na ocasião, o chefe do Estado ficou informado que o Instituto de bolsas conta com um total de 4.573 bolseiros, dos quais, 39 por cento se encontram no país e 31 por cento a estudar no estrangeiro. 
Dos bolseiros estrangeiros, o continente asiático lidera a lista com 36,1 por cento, seguido de África, com 32 por cento, Europa 24,2 por cento, América do sul com 5,5 por cento, Austrália com 1,5 por cento e, América do Norte com 0,7 por cento.
O director do Instituto de Bolsas, Octávio de Jesus, assegurou que o nível de inserção profissional dos estudantes moçambicanos na diáspora é o mesmo, quando regressam a sua origem, com os que estudam no país entretanto, as regras são ditadas pelo mercado.
Questionado sobre a percepção segunda a qual, as bolsas têm sido restritas atribuindo-se aos estudantes “privilegiados”, De Jesus apontou que não existe restrição neste processo e basta para o efeito, cumprir com todos os requisitos necessários e elegíveis.
Entretanto, acrescentou que a partir do ano em cursoo será introduzida a denominada bolsa de mérito que será atribuída aos estudantes que apresentem qualidades académicas extraordinárias e que se dediquem às actividades relevantes que mereçam a referida bolsa.
“Esta modalidade é nova e está a começar este ano, mas reiteramos que a bolsa de estudos é para todo o cidadão moçambicano”, sublinhou o director.
O maior número dos bolseiros moçambicanos no estrangeiro encontra-se na China, Índia, e Malásia. 
(AIM)