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Energias renováveis alternativa mais notável para iluminar Moçambique

04/12/2017 11:04
Energias renováveis alternativa mais notável para iluminar Moçambique

A ministra dos Recursos Minerais e Energia, Letícia Klemens, disse que a componente de energias renováveis afigura-se como a alternativa mais próxima para solucionar o défice de energia eléctrica nas famílias moçambicanas.

Klemens disse ainda que a introdução das energias renováveis abre um segmento de negócio para o sector privado participar no fornecimento de sistemas de energia de qualidade, acessíveis para as comunidades rurais e sem acesso a energia da rede.

A ministra falava hoje, em Maputo, momentos após a assinatura, com parceiros, de cooperação do Compacto da Energy África-Moçambique, uma iniciativa conjunta do Governo moçambicano e do Departamento do Reino Unido para Desenvolvimento Internacional (UKAID, sigla em inglês) que consiste em promover os sistemas solares para uso doméstico, com maior enfoque para as zonas rurais.
Temos consciência da necessidade de levar a cabo, acções que visam melhorar o ambiente de negócios no domínio de energias renováveis e, em particular, de sistemas fotovoltaicos para uso doméstico, procurando apoiar o sector privado a participar de forma activa, afirmou.
Rubricaram, com o governo moçambicano, a Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (USAID, sigla em inglês); o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), os governos da Alemanha, Bélgica, Noruega, Holanda, Itália, bem como as Associações Moçambicana e Lusófona de Energia Renovável.
No entanto, Klemens reconheceu o crescente interesse do sector privado, de participar no desenvolvimento de energias renováveis, o que, segundo ela, se traduz na realização de estudos de viabilidade que visam implementar os projectos com base em sistemas fotovoltaicos, bem como de energia eólica.
Estas iniciativas estão sendo acompanhadas com a criação de um quadro legal apropriado, visando promover a transparência e competitividade no sector para garantir melhor qualidade, acrescentou.
Por seu turno, com a assinatura do Compacto de Energia para África em Moçambique, a chefe da Cooperação do governo Britânico no país, Cate Turton, espera que sejam definidas as acções prioritárias para os próximos seis meses, para que, em 2018, se alcancem os objectivos.
Segundo ele, mais de 4,3 milhões de famílias das zonas rurais, que actualmente dependem de soluções ineficientes de iluminação e energia, terão acesso e disponibilidade de energia de boa qualidade.
Temos também o compromisso de assegurar que a provisão destes serviços seja acessível às famílias de baixa renda e não cobertas pela rede nacional de energia, vincou Turton, que igualmente é coordenadora do Compacto Energy Africa em Moçambique.
Com mais de 27 milhões de habitantes, dos quais 68 por cento vivendo em zonas rurais, as estatísticas estimam que apenas 27 por cento dos moçambicanos tem acesso à energia, maioritariamente nas áreas urbanas.
Pelo que, para a Turton, urge continuar a unir esforços para fortalecer o ambiente político, bem como a melhoria das condições de mercado da energia solar doméstica, com envolvimento do sector privado.
Podemos garantir que pessoas carenciadas nas zonas rurais tenham uma vida melhor, referiu.
O instrumento rubricado hoje resulta do acordo de cooperação assinado em Fevereiro de 2016, pelos Governos moçambicano e do Reino Unido.
O referido acordo obriga ambos os países a actuar como defensores do Objectivo do Desenvolvimento Sustentável (sete) que estabelece o acesso universal à energia até 2030.
(AIM)