Energia da HCB chega a Dôa a partir de fevereiro próximo

A garantia foi dada, esta segunda-feira, pelo administrador distrital, Domingos Viola, em entrevista `a AIM..

Viola disse que o trabalho de levantamento topográfico por onde passará a linha de transporte da corrente eléctrica já foi efectuado, inclusive os postes já foram descarregados para a posterior colocação, dentro em breve.
Dôa é um dos dois novos distritos da província de Tete, que começou a funcionar como tal a partir do dia 22 de Junho de 2014. Antes era um posto administrativo pertencente ao distrito de Mutarara, e desde os tempos remotos sempre utilizou gerador para iluminar a vila. O outro novo distrito é Marara, que já beneficia da energia eléctrica produzida pela HCB. 
Para alimentar Dôa, a energia eléctrica será ligada a partir do distrito de Moatize, com quem faz limite. A linha beneficiará as comunidades de Madhamba, Kambulatsitsi, Necungas, no distrito de Moatize, Chazia, Chueza e Dôa-sede, onde se prevê que a iluminação beneficie mais de 40 mil habitantes.
O administrador de Dôa reconheceu que, actualmente, o fornecimento da corrente eléctrica é deficitário, porque, devido à crise financeira que abala o país, o distrito não é excepção, o gerador funciona apenas durante quatro horas por dia. 
“Podemos dizer que não é sempre que pusemos a funcionar o gerador, devido à crise financeira, visto que os custos são elevados. Para funcionarmos durante quatro horas de tempo são necessários 40 litros de diesel, quantidade que não conseguimos comprar todos os dias. Por isso, passamos maior parte das noites às escuras”, explicou.
Segundo Viola, tanto a população, como o próprio Governo aguardam com enorme expectativa a recepção da corrente eléctrica em Fevereiro próximo, que vem impulsionar o desenvolvimento do distrito, “porque os agentes económicos utilizarão as serralharias e mesmo ao longo da via as moagens que funcionam a diesel serão substituídas por eléctricas, que são mais rápidas, o que facilita o trabalho das mulheres. Também introduziremos o curso nocturno nas escolas para as pessoas estudarem”.
“Portanto, estamos ansiosos. Até porque o empreiteiro deu-nos a garantia de terminar a instalação num período de seis meses, por isso esperamos que em Fevereiro o nosso distrito seja iluminado a partir da energia da HCB”, disse o administrador de Dôa.
A fonte não mencionou os custos globais da instalação da corrente eléctrica para o seu distrito, mas afirmou que, “para nós, o importante é termos iluminação permanente na vila e outras regiões, mesmo as ligações domiciliárias, para as pessoas poderem dinamizar o desenvolvimento, criando assim as melhores condições da sua vida”.
Depois de Dôa, em Tete, só faltará um distrito, Zumbo, que ainda não tem a corrente eléctrica da HCB, pois é iluminado pela energia da Zâmbia.
“É constrangedor porque o fornecimento é interrompido por algumas horas durante o dia, alegadamente para a manutenção, visto que é garantida por grupo-gerador”, notou.
(AIM)