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Empresa Moçambicana investe 50 milhões em indústria de panificação

11/07/2017 07:53
Empresa Moçambicana investe 50 milhões em indústria de panificação

A Espiga de Ouro, uma empresa moçambicana localizada na Matola, província meridional de Maputo está a investir cerca de 50 milhões de dólares em uma industria de panificação, para abastecer o mercado local e, eventualmente, o resto do país.

A unidade fabril, que deverá entrar em funcionamento nos finais de Agosto, terá uma capacidade instalada para a produção de cerca de 1,8 milhão pães por dia.
A fábrica vai contribuir para a criação de 1.200 empregos em toda a cadeia de produção e distribuição.
O ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela, que visitou hoje as instalações desta unidade fabril, disse que a fábrica vai imprimir um maior dinamismo à cidade e província de Maputo, através da concorrência que vai garantir a estabilização do peso e do preço do pão. 
Segundo Tonela, o Governo, através do Instituto de Cereais de Moçambique (ICM), possui uma estratégia que vai assegurar que o trigo produzido no distrito de Tsangano, província central de Tete, que está a ser comercializado no vizinho Malawi, seja fornecido à esta indústria no país.
“A indicação que nós temos com os proprietários é que o nível de produção vai ser incrementado à medida da evolução do mercado, que está a fazer um bom investimento”, disse o ministro, para de seguida acrescentar que está prevista “a criação de cerca de 1.200 novos empregos ao longo de todo o sistema de produção e distribuição”.
O Presidente do Conselho de Administração (PCA), da Espiga d’Ouro, Hussein Ali, disse que, numa primeira fase, a fábrica vai produzir perto de 750 mil pães redondos e 135 mil pães de forma.
Ali, que não avançou os preços que serão praticados, disse que a fábrica vai consumir cerca de quatro mil sacos de 50 quilogramas de farinha de trigo que serão fornecidos pelo mercado nacional.
“O nosso pão será fornecido às cidades de Maputo e Matola, numa primeira fase, e depois poderemos expandir para as províncias mais próximas como Gaza e Inhambane”, disse. 
A nova fábrica vai operar 22 horas por dia para atingir os níveis de produção desejados. 
Refira-se que o Governo moçambicano suspendeu em finais de Março último, o subsídio do preço do pão. Na altura, o governo justificou a decisão afirmando que a mesma resulta da relativa estabilidade do metical face ao dólar norte-americano e à redução do preço do trigo no mercado internacional.
Além disso, constatou-se que o preço do pão nas padarias era quase idêntico, independentemente de serem ou não subsidiadas. 
(AIM)