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Doenças cardíacas associadas ao HIV/SIDA preocupam países Africanos

23/09/2016 09:00
Doenças cardíacas associadas ao HIV/SIDA preocupam países Africanos

 O Vice-Ministro da Saúde, Mouzinho Saíde, defende a necessidade de se envidar esforços no combate às doenças cardíacas remáticas, congénitas, bem como as que estão associadas ao HIV/sida, pois afectam uma boa parte de cidadãos africanos.

Saide falava hoje, em Maputo, na abertura do IV Congresso Africano de Cirurgia Cardiovascular e Torácica, que, até sexta-feira, reúne representantes de vários países africanos.
“As doenças cardíacas constituem exemplo dentre várias doenças que afectam, com peso, os nossos povos”, disse o governante, para quem as doenças pulmonares ligadas à tuberculose e neoplasia têm, igualmente, preocupado os profissionais de saúde.
Segundo Saide, as doenças esofágicas, vêm ganhando proporções alarmantes, nos últimos tempos, na zona austral de África, daí a necessidade de se arranjar mecanismos que travem esta epidemia. 
“Pretendemos, portanto, neste encontro, discutir vários assuntos relativos à patologia cardíaca, torácica e vascular, pois a mesma maltrata os nossos cidadãos”, afirmou o governante, para quem o encontro surge, também, na esperança de trazer novas formas de melhorar o atendimento hospitalar. 
Saide realçou que a criação de capacidades que lidem com questões cardiovasculares deve ser uma prioridade dos governos africanos, para que se melhore o apoio ao elevado número de pacientes com Insuficiência Renal crónica.
“Há que se melhorar as capacidades para se acabar com Insuficiência Renal crónica Terminal, como das graves sequelas da Hipertensão Arterial (HTA)”, disse Saide, anotando constituir um desafio a construção de centros especializados para se intervir em todas áreas atinentes às doenças arteriais. 
Por seu turno, o presidente do Colégio Moçambicano de Cirurgia Cardiovascular e Torácico, Atílio Morais, o país tem dado passos significativos no tratamento de doenças cardiovasculares, através do Instituo do Coração (ICOR) e dos serviços do Hospital Central de Maputo (HCM).
“Em Moçambique, temos os ICOR e o Serviço de Cirurgia Cardiovascular e Torácico do HCM a lidarem com estas doenças e, neste encontro, em particular, queremos debater formas de melhorar a nossa performance”, afirmou o director, adiantando que, no ano em curso, o Serviço de Cirurgia Cardiovascular e Torácico do HCM já operou 250 pacientes. 
Morais adiantou, ainda, que o Serviço de Cirurgia Cardiovascular e Torácico do HCM efectua duas operações, semanalmente, isso devido à complexidade e sensibilidade do trabalho, que precisa de aparelhos especializados, entretanto, escassos no país.
(AIM)