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Defesa e Segurança retira-se de mais oito posições em Gorongosa

27/06/2017 07:38
Defesa e Segurança retira-se de mais oito posições em Gorongosa

As forças de defesa e segurança vão deixar, esta semana, mais oito posições na Serra da Gorongosa, província de Sofala, onde se acredita estar escondido o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no quadro de esforços em busca da coesão e concórdia na família moçambicana.

A decisão de retirada das forças de defesa e segurança nas posições de Nhantaca, Mucotsa, Nhancunga, Mapanga Panga, Namadgiwa, Nhauchenge, Lourenço e Nhariosa, anunciada este domingo pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, tem em vista continuar a manter um ambiente de confiança mútua entre as duas partes.
Nyusi, que falava na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo, onde depositou uma coroa de flores por ocasião das festividades do 42º aniversário da independência nacional, afirmou que a cultura de paz se mantem como premissa para a consolidação da nação moçambicana e garantia do seu desenvolvimento.
“Por isso, queremos, perante todos os moçambicanos, renovar o compromisso de continuar a fazer tudo que estiver ao nosso alcance para que os desígnios da paz, unidade e reconciliação sejam uma realidade”, disse o presidente, reiterando a defesa do espírito de tolerância entre os cidadãos, e repúdio a todas as formas de descriminação e todas as práticas que perigam a paz e a fraternidade.
Segundo o Chefe de Estado, todas as acções são e foram confirmadas pela equipa conjunta de monitoria e verificação do processo em curso.
Na ocasião, Nyusi disse ainda que a diálogo com a Renamo continua, através das comissões de descentralização e dos assuntos militares, que consensualmente acordaram vários assuntos entre os quais a agenda de trabalhos, o mecanismo de monitoria e verificação da trégua, que já entrou em funcionamento.
O estadista moçambicano disse, por outro lado, estar em curso a preparação das propostas dos documentos legais relativos a descentralização e, para o efeito, as comissões procuram soluções comensuráveis com a realidade que confortem a todos os moçambicanos e todos os que investem e residem no país.
Nyusi disse que o país está independente há 42 anos depois de uma luta tenaz de 10 anos conduzida pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que, com sacrifício e valentia dos seus filhos, a conquistaram e, por conseguinte, a liberdade de escolher o seu próprio destino. 
O sangue derramado solidifica a nação que nenhum tirano voltará a escravizar e os 42 anos de independência se alicerçam nos actos de cada concidadão, num ano em que decidiu resgatar a agricultura como ferramenta para alcançar o orgulho, segurança alimentar e nutricional assim como a geração de renda. (RM-AIM)