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Contrabandistas são uma ameaça a segurança aeroportuária

19/10/2017 12:11
Contrabandistas são uma ameaça a segurança aeroportuária

O Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, afirma que o uso do transporte aéreo por contrabandistas de espécies ameaçadas de extinção constitui mais um desafio do sector, por colocar em risco a conservação da biodiversidade e a própria segurança aeroportuária.

Citando dados da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), Mesquita disse que, em 2016, foram apreendidos nos aeroportos, a nível mundial, mais de 5.300 quilos de marfim e chifres de rinoceronte, e 16 mil animais vivos.

Os contrabandistas continuam a usar o transporte aéreo para alimentar a rede de artigos ilegais de espécies ameaçadas de extinção. Este é um outro desafio no transporte aéreo”, disse.
Discursando hoje, em Maputo, por ocasião do dia da IATA, o Ministro indicou que o mal representa um sério problema não só na área da conservação da biodiversidade, mas também para a segurança “na cabine” e para saúde pública, para além de fragilizar os recursos naturais de que as comunidades muito dependem para a captação de receita através do turismo.
Disse que os dados da IATA sobre o contrabando preocupam o governo moçambicano, exortando o redobrar de esforços para que os meios aéreos não sejam usados para este fim.
Num outro desenvolvimento, Mesquita defendeu o estabelecimento de parcerias estratégicas entre companhias aéreas como forma de reduzir os custos operacionais e, por outro lado, criar condições para a abertura de novos mercados pelas companhias africanas e nacionais.
Segundo a fonte, o combustível para aviões (Jet A1) é cerca de 25 por cento mais caro em África do que no resto do mundo. “A análise do custo-benefício é um factor preponderante para o desenvolvimento da aviação em África”.
Quanto a liberalização do espaço aéreo nacional, já em curso, Mesquita disse que a medida deve ser acompanhada por investimentos nas companhias aéreas para fazerem face ao crescente ambiente de concorrência daí resultante.
Porém, acredita que a entrada de novos operadores aéreos no mercado doméstico vai trazer benefícios no que tange a mobilidade de pessoas e bens, contribuindo para o desenvolvimento do turismo doméstico e além-fronteiras.
Na ocasião, em que a companhia de bandeira nacional, a LAM, recebeu mais um certificado IOSA de segurança operacional, o Ministro disse que as companhias aéreas certificadas IOSA estão a operar 3,5 vezes melhor em relação as companhias não certificadas.
Mesquita disse que o governo moçambicano tem desenvolvido projectos na área da aviação civil com objectivo de atingir normas e padrões da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), tendo o país registado excelentes resultados nos últimos anos.
O facto culminou, por exemplo, com a retirada de Moçambique da lista negra, em Maio de 2017, o que resultou na autorização de companhias aéreas certificadas em Moçambique poderem sobrevoar o espaço aéreo europeu.
Com o lema “A Importância da Aviação Para o Crescimento Económico de Moçambique”, o dia da IATA serviu para unir, em Maputo, líderes da indústria aeronáutica, decisores, especialistas, e outros interessados, numa sessão de interacção e troca de experiências.
(AIM)